A África Subsaariana necessita de eletricidade, e uma coalizão de mais de 100 parceiros do setor privado, governos de países-sede e organizações multilaterais começou a trabalhar visando satisfazer essa necessidade depois que o presidente Obama anunciou a iniciativa Power Africa em junho de 2013*. Alinhar financiamento, engenharia, licenças e parcerias é um negócio complicado, mas alguns projetos já estão levando eletricidade, computadores e informações para residências africanas.

Confira estas imagens do progresso alcançado nos últimos dois anos:

Energia solar para Ruanda

Um campo de espelhos no formato do continente africano começou a absorver a energia solar a fim de levar eletricidade aos ruandeses* em fevereiro.

O campo, o primeiro de seu tipo na África Oriental, tem como objetivo proporcionar 8,5 megawatts (MW) de eletricidade. Gigawatt Global*, uma parceira da iniciativa Power Africa, liderou o financiamento, a construção e a interligação da instalação, que custou quase US$ 24 milhões.

“Nosso projeto comprova a viabilidade de financiamento e construção de campos solares em grande escala na África Subsaariana”, afirmou Chaim Motzen, cofundador e diretor da Gigawatt, quando o projeto foi lançado. “Esperamos que este campo de energia solar sirva como um catalisador para muitos outros projetos de energia sustentável na região.”

Espera-se que o campo de energia solar forneça energia conectada à rede para Ruanda a fim de abastecer 15 mil residências.

 Energia geotérmica na Etiópia

A Etiópia é um dos poucos lugares na Terra em que o poder abrasador do núcleo do planeta se infiltra até a superfície. Os parceiros da Power Africa estão desenvolvendo energia geotérmica para fornecer eletricidade para até 2 milhões de residências.

A Rift Valley Geothermal, o governo etíope e a Reykjavik Geothermal são os principais parceiros no Projeto Geotérmico Corbetti Caldera*. A Reykjavik Geothermal tem sede na Islândia e é líder mundial no desenvolvimento de energia geotérmica.

Vapor que escoa do núcleo da Terra será aproveitado para fornecer eletricidade ao Vale do Rift (Robert Sauers/Usaid Etiópia)

Biomassa no Quênia

A erva daninha prosopis juliflora (também conhecida como algaroba) se tornou uma espécie invasora no Condado Baringo, no Quênia, mas poderá iluminar o futuro por meio de uma central elétrica de biomassa* em desenvolvimento pela Cummins Cogeneration Kenya Limited (CCKL)*, parceira da Power Africa.

A erva daninha invasora conhecida como algaroba fornecerá combustível para uma central elétrica na zona rural do Quênia (Cummins Cogeneration Limi

A instalação converterá o material à base de plantas em energia através de um processo de tecnologia de gaseificação. Cummins tem como objetivo fornecer eletricidade para mais de 12 mil residências, um passo importante em direção ao futuro em uma região onde 90% da população não possui acesso à eletricidade.

O uso de uma erva daninha invasora para produzir combustível significa que o projeto CCKL transformará um incômodo em um recurso e abrirá mais terras para a agricultura, aumentando assim a produção de alimentos.

*site em inglês