À medida em que o tempo para a realização de uma das principais conferências climáticas em dezembro se aproxima, o governo Obama está convocando líderes de todos os lugares para evitar uma “falha moral coletiva de consequências históricas”.
“Este é um ano crucial”, afirmou o secretário de Estado, John Kerry, se o mundo vai enfrentar os desafios das mudanças climáticas e a transição para um futuro de energia limpa. “As gerações futuras não perdoarão e não deverão perdoar aqueles que ignorarem este momento.”
Kerry falou em 12 de março (discurso em inglês) em Washington para uma plateia internacional de diplomatas e líderes de ideias inovadoras que estão de olho na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas que será realizada em Paris. Os negociadores mundiais pretendem forjar um acordo no final de 2015 para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
Os cientistas concordam que a atividade industrial do século passado, alimentada por combustíveis à base de carbono, criou o efeito estufa que está aquecendo o planeta. O aumento da temperatura está ligado aos eventos climáticos extremos, à elevação do nível do mar, à desestruturação do ecossistema e às secas.

Kerry afirmou que as políticas de energia limpa dos EUA têm diminuído as emissões e atingem o alvo de reduzir os gases de efeito estufa dos níveis de 2005 em aproximadamente 28% até 2025. Se essas medidas forem sustentadas, disse Kerry, os Estados Unidos “serão capazes de cortar nossas emissões em 83% até meados do século”.
Alguns opositores à medida argumentam que reduzir a dependência do carvão e do óleo é muito caro e desaceleraria o crescimento econômico e cortaria empregos. Kerry delineou um futuro diferente, em que a expansão das tecnologia de energia limpa (artigo em inglês) está “preparada para se tornar o maior mercado que o mundo já conheceu”.
Após apelo dos EUA, os governos da China e da Índia recentemente se comprometeram a adotar mais tecnologia de energia limpa e a reduzir as emissões (artigo em inglês) mediante os acordos aos quais Kerry chamou de uma “enorme conquista”. Em negociações prévias relativas às mudanças climáticas, os dois países haviam sido relutantes em cortar as emissões por medo de inibir o crescimento industrial.
Gina McCarthy, máxima autoridade ambiental dos Estados Unidos, também enfatizou a obrigação moral no sentido de adotar medidas em relação às mudanças climáticas em um discurso de 11 de março (em inglês).