O Mês do Orgulho das Pessoas com Deficiência comemora o aniversário da Lei dos Americanos com Deficiência

Estima-se que existam 1 bilhão de pessoas com deficiência em todo o mundo*. Suas contribuições beneficiam a todos nós.

Nos Estados Unidos, julho é o Mês do Orgulho das Pessoas com Deficiência. Ele marca a promulgação, em 1990, da Lei dos Americanos com Deficiência (ADA), uma lei de direitos dos EUA que estendeu as proteções dos direitos civis a pessoas com deficiência e garantiu que todos os americanos se beneficiassem de seus talentos.

“Para mim, o Orgulho das Pessoas com Deficiência representa muitas coisas”, disse Jessica Ping-Wild, blogueira americana que mora em Londres. “É uma chance para as pessoas com deficiência declararem sua autoestima inerente*, algo que muitas vezes não é feito por indivíduos de fora da comunidade.”

Comemorando a ADA

Pessoas em cadeiras de rodas em desfile sob balões formando arcos (© Seth Wenig/AP Images)
Jessica Lopez, ao centro, participa da primeira Parada do Orgulho das Pessoas com Deficiência em 2015 em Nova York (© Seth Wenig/AP Images)

A primeira celebração oficial do Orgulho das Pessoas com Deficiência ocorreu em 2015 para comemorar o 25º aniversário da ADA. A legislação histórica foi sancionada em 26 de julho de 1990.

A ADA proíbe a discriminação contra pessoas com deficiência em todas as áreas da vida pública e permite sua plena participação na sociedade — trabalhando, indo à escola, usando serviços de transporte público e privado, votando, comprando bens e serviços ou acessando locais públicos. [Veja uma linha do tempo de alguns eventos marcantes e legislação que levaram à aprovação da ADA.]

Durante o mês de julho, membros da comunidade destacam suas contribuições para a sociedade e defendem seus direitos legais. Várias cidades dos EUA realizam desfiles para reconhecer a comunidade.

Sensibilização através de uma bandeira

Listras vermelhas, douradas, brancas, azuis e verdes em fundo escuro que se estendem do canto superior esquerdo ao canto inferior direito (Domínio Público)
Bandeira do Orgulho das Pessoas com Deficiência (Domínio Público)

A bandeira do orgulho das pessoas com deficiência ajuda a aumentar a visibilidade da comunidade. Ann Magill projetou a bandeira em 2019 com feedback dos membros da comunidade. Ela então trabalhou com pessoas fotossensíveis para produzir uma versão mais acessível.

Cinco listras diagonais de cores diferentes repousam sobre um fundo preto. O campo negro lamenta as vítimas de violência e as violações contra pessoas com deficiência. A diagonal sugere transpor as barreiras que separam os deficientes da sociedade.

As cinco cores da bandeira representam diferentes tipos de deficiência: vermelho (deficiências físicas), dourado (neurodivergência), branco (deficiências invisíveis e não diagnosticadas), azul (deficiências psiquiátricas) e verde (deficiências sensoriais).

Fazendo sentido no que se refere a negócios

Tuíte:
Departamento de Estado: Bureau de Democracia, Direitos Humanos e Trabalho (DRL)
Olá Tajiquistão! A assessora especial Minkara está fazendo uma visita para discutir como a inclusão total de pessoas com deficiência em governança, educação e força de trabalho beneficia a sociedade como um todo. #AccessForAll @StateDRL

Ao capacitar pessoas com deficiência, a ADA também fortalece a economia dos EUA. Considere estes números:

  • As empresas que priorizam a inclusão de pessoas com deficiência relataram receita 28% maior e margens de lucro 30% maiores, de acordo com a Accenture.
  • Pessoas com deficiência, juntamente com seus familiares e cuidadores, representam US$ 2 trilhões em renda disponível anual.
  • A exclusão de pessoas com deficiência do ambiente de trabalho gera perdas de até 7% do produto interno bruto, segundo a Organização Internacional do Trabalho.

O governo dos EUA faz sua parte para garantir que a diplomacia dos EUA e a assistência externa apoiem pessoas com deficiência em todo o mundo. Sara Minkara atua como assessora especial dos EUA sobre Direitos Internacionais das Pessoas com Deficiência, viajando pelo mundo para discutir como a inclusão total de pessoas com deficiência beneficia a sociedade.

A inclusão total de todos os funcionários do Departamento de Estado, deficientes e não deficientes, é um componente central dos esforços do Gabinete de Diversidade e Inclusão do Secretário, liderado pela embaixadora Gina Abercrombie-Winstanley, diretora de diversidade e inclusão.

O Departamento de Estado também apoia a Câmara de Compensação Nacional sobre Deficiência e Intercâmbio*, da Mobilidade Internacional dos EUA, e seu trabalho para aumentar o número de pessoas com deficiência participando de programas de intercâmbio internacional.

Mostrando talentos

Mulher negra sorridente segurando uma bengala (© Dave Kotinsky/Getty Images)
A artista premiada conhecida como Lachi ajudou a criar o grupo de defesa das pessoas com deficiência chamado RAMPD, que significa, na sigla em inglês, Artistas da Indústria Fonográfica e Profissionais da Música com Deficiência. Lachi, mostrada acima em abril, nasceu com deficiência visual congênita (© Dave Kotinsky/Getty Images

As pessoas com deficiência continuam a fazer contribuições históricas em muitos campos, como música, ciência, esportes e tecnologia.

Ralph Braun, empresário que sofria de distrofia muscular, é considerado o “pai do movimento da mobilidade” por suas ideias que levaram à invenção de elevadores para cadeiras de rodas, vans acessíveis para cadeiras de rodas e patinetes motorizados.

Cientistas notáveis ​​incluem o “pai da lâmpada” Thomas Edison, que perdeu a audição. O físico Stephen Hawking, que tinha esclerose lateral amiotrófica, mudou a maneira como vemos o universo.

Stephen Hawking vestindo terno e sentado em uma cadeira de rodas (© Matt Dunham/AP Images)
O físico britânico Stephen Hawking na cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos de 2012 em Londres (© Matt Dunham/AP Images)

Nos esportes, os Jogos Paralímpicos mostram os talentos das pessoas com deficiência a cada quatro anos. Fora de campo, os atletas defendem a inclusão, o acesso e a equidade. Atletas de elite dos EUA, incluindo a ginasta Simone Biles e o astro profissional do basquete Kevin Love, ajudam a romper o estigma relativo a doenças mentais reconhecendo suas próprias batalhas e aumentando a conscientização sobre as enfermidades que afetam milhões de pessoas em todo o mundo.

Em campos de futebol dos EUA, a zagueira Carson Pickett este ano se tornou a primeira pessoa sem um membro do corpo a fazer parte da Seleção Nacional de Futebol Feminino dos EUA. “Espero encorajar quem tem dificuldade [de lidar] com a diferença de membros a não se envergonhar de quem são”, disse Carson.

* site em inglês