Amantes da arte se regozijaram quando o Museu Metropolitano de Arte de Nova York adotou recentemente uma política de acesso aberto a suas obras de arte, permitindo que qualquer pessoa baixe imagens gratuitas e de alta resolução das cerca de 375 mil obras de arte de domínio público* do acervo.

Ao conceder acesso irrestrito às suas imagens, o Met se junta a um movimento de conteúdo aberto que avança por museus do mundo inteiro. Os administradores de museus não estão apenas reconhecendo o valor de alcançar um público mais amplo — eles estão adotando o acesso aberto como um aspecto essencial da missão de um museu.
Em 2013, o então secretário do Instituto Smithsoniano Wayne Clough previu que a revolução digital poderia permitir um dia que o público ajudaria a projetar as exposições interativas do instituto.
Por exemplo, disse ele: “Nós temos vários implementos de tribos ameríndias, e [o público] pode saber mais a respeito deles do que nós. (…) Nós gostaríamos que eles nos contassem a história sobre esses objetos”.

O Rijksmuseum, museu de história e arte de Amsterdam, introduziu conteúdo aberto em 2011, quando seus curadores descobriram a existência, on-line, de mais de 10 mil cópias escaneadas de baixa resolução de uma das pinturas de Johannes Vermeer expostas no museu. Como resposta, o Rijksmuseum disponibilizou a primeira de suas 300 mil imagens de alta resolução* para baixar gratuitamente.
Vários museus dos EUA seguiram o exemplo holandês:
- O Museu de Arte do Condado de Los Angeles**.
- A Galeria Nacional de Arte** em Washington.
- A Galeria de Arte da Universidade de Yale** em New Haven, Connecticut.
- O Museu de Arte Walters** em Baltimore.
- O Museu de Arqueologia e Antropologia da Universidade da Pensilvânia** na Filadélfia.
- O Museu Getty** em Los Angeles.
“Como alguém que leciona Latim Medieval, eu considero o acervo de manuscritos on-line [do Walters] uma ferramenta valiosa para ensinar os alunos sobre caligrafia e iluminura medievais”, afirmou Sarah Bond, professora de Estudos Clássicos na Universidade de Iowa, na revista Forbes.

O Met compartilha imagens de suas obras de arte de domínio público de acordo com a designação Creative Commons Zero**, ou licença CC0. (Essa licença indica que nenhuma instituição reivindica proteção por direitos autorais em relação à obra em questão.) Wikimedia e Pinterest fazem parceria com o Met para impulsionar o alcance digital do museu.
Os benefícios educacionais são claros. Se você quer decorar uma camiseta com uma imagem de sua pintura favorita de um dos grandes mestres, não tem problema. O Met e muitos outros museus o ajudarão a fazê-lo.
* site em inglês com conteúdo limitado em português e outros idiomas
** site em inglês