Cerca de 3 milhões de civis sofreram como resultado da agressão da Rússia no leste da Ucrânia, segundo Samantha Power, representante permanente dos EUA nas Nações Unidas.

Apesar da situação humanitária desastrosa nos territórios controlados pelos separatistas, a Rússia e os separatistas expulsaram organizações de ajuda humanitária internacional em julho, e continuam a negar acesso a organizações que buscam entregar alimentos e medicamentos tão necessitados. A Rússia envia o que chama de “comboios humanitários” para o leste da Ucrânia, mas impede que os monitores ucranianos e internacionais inspecionem os caminhões.

“Se seus comboios estão repletos de alimentos e medicamentos, por que impedir que os inspetores internacionais examinem seu interior?”, perguntou Samantha Power em 28 de abril quando se reportou ao Conselho de Segurança da ONU*.

Grupo de pessoas agasalhadas enfileiradas (© AP Images)
Residentes locais esperam por ajuda humanitária em Semonovka, no leste da Ucrânia, em 17 de março (© AP Images)

Clima de impunidade

Forças separatistas e russas combinadas continuam a impedir que monitores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) cumpram sua missão. Quando a Rússia assinou os acordos de Minsk, comprometeu-se a proporcionar acesso à OSCE para verificar o cessar-fogo. Em vez disso, a Rússia e os separatistas ameaçaram e intimidaram sistematicamente os monitores, criando um “clima de impunidade” no leste da Ucrânia, segundo a representante da ONU. Ela conclamou a Rússia e os separatistas que a Rússia apoia a fornecerem “acesso total e sem restrições”.

Samantha Power relatou que eleições livres e justas no leste da Ucrânia — um importante ponto nos acordos de Minsk — não podem ser realizadas até que se possibilite o livre movimento para os cidadãos e monitores eleitorais. As eleições devem ser realizadas de acordo com a legislação ucraniana e em conformidade com as normas da OSCE.

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