Como você sabe se está respirando ar puro? Muitas vezes, você não tem ideia, a menos que tenha acesso a dados sobre a qualidade do ar.

Anos atrás, pesquisadores ambientais dos EUA descobriram maneiras de coletar esses dados e de torná-los constantemente disponíveis para as pessoas decidirem se uma criança asmática pode brincar ao ar livre ou se um idoso pode sair para passear.

A Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) e o Departamento de Estado querem que as pessoas em outros países também tenham acesso a esses dados, a fim de que possam tomar boas decisões de saúde e aprender mais sobre a importância da qualidade do ar.

A EPA lançou  a iniciativa AirNow-International (site em inglês) em Xangai há cinco anos. Uma start-up sobre o programa está prevista para a Índia nos próximos meses com esforços semelhantes e irá para o Vietnã e a Mongólia logo depois. O secretário de Estado, John Kerry, fez o anúncio (site em inglês) em 18 de fevereiro.

“Existe uma outra meta aqui também e ela é importante”, disse Kerry. “Temos a esperança de que essa ferramenta possa também expandir a cooperação internacional quando se trata de reduzir a poluição do ar.”

Gina McCarthy, administradora da EPA, juntou-se a Kerry durante o anúncio, explicando que o Índice da Qualidade do Ar (site em inglês) é calculado a partir dos níveis de fuligem e ozônio coletados por 4 mil estações de monitoramento da qualidade do ar nos Estados Unidos e na China.

A distribuição de dados coletados na China tem ajudado a desencadear uma compreensão mais ampla no país sobre a ligação que existe entre a poluição e a saúde. Gina McCarthy descreveu como percebeu a AirNow International ganhar a atenção do público durante uma visita que fez a Pequim.

Havia “pessoas em toda a cidade de Pequim usando o seu celular, checando quais eram os dados sobre a qualidade do ar, entendendo que poderiam confiar neles, sabendo que a ciência estava [proporcionando uma análise precisa da qualidade do ar naquele momento]”.

Gina McCarthy afirmou que o programa Airnow prova que “informação e transparência nos capacitam para que possamos reduzir os riscos à saúde associados à poluição do ar”.