Obama cria o primeiro monumento marinho nacional no Atlântico

No dia 15 de setembro, o presidente Obama estabeleceu o primeiro monumento marinho nacional no Oceano Atlântico, um ato destinado a proteger permanentemente cerca de 13 mil km² de cânions submarinos e montanhas ao longo da costa da Nova Inglaterra.

A Casa Branca informou que a designação acarretará uma proibição de pesca comercial, mineração e perfuração, embora uma exceção será feita para as indústrias de lagosta e caranguejo vermelho por um período de sete anos. Além disso, a pesca recreativa será permitida dentro do monumento.

“Certamente os oceanos podem ser recuperados se adotarmos as medidas necessárias”, afirmou Obama no dia de abertura da conferência Nosso Oceano* no Departamento de Estado dos EUA em Washington.

O monumento é o hábitat de espécies protegidas como a baleia cachalote, a baleia-fin e a baleia-sei, além de tartarugas-de-Kemp que habitam o mar. Expedições encontraram espécies de corais que não são vistas em nenhum outro lugar da Terra. A designação do Monumento Nacional Marinho dos Cânions e Montes Submarinos do Nordeste assinala a 27a vez que Obama adotou medidas para criar ou expandir um monumento nacional. Em agosto, o presidente criou a maior área marinha protegida do mundo ao longo da costa do Havaí, que é chamado de Monumento Nacional Marinho Papahanaumokuakea e que abrange cerca de 1.510.000 km², mais de duas vezes o tamanho do Texas.

Obama ressaltou a resiliência da natureza durante uma visita ao monumento no Havaí, onde viu o litoral repleto de pássaros, tartarugas e focas. “Foi bem ali — evidência do poder incrível da natureza de se reconstituir se não estivermos constantemente tentando destruí-la”, disse ele aos participantes da conferência.

O evento de dois dias reúne líderes de todo o mundo para mobilizar esforços visando proteger a saúde dos oceanos do mundo.

Mais de 20 países presentes na conferência Nosso Oceano anunciarão a criação de suas próprias áreas marinhas protegidas.

Os defensores dizem que a proteção de grandes áreas oceânicas da interferência humana pode sustentar espécies e reduzir o ônus das mudanças climáticas.

Grupos ambientalistas aplaudiram a designação, dizendo que é tão importante ser um bom gestor dos oceanos como o é quando o assunto é a terra e o ar.

“Assim como as terras selvagens ao redor do mundo estão sitiadas pelo desenvolvimento humano e as mudanças climáticas, hoje os nossos oceanos estão sob pressão mais do que nunca”, disse Jamie Williams, presidente da Sociedade da Vida Selvagem.

Você pode acompanhar os procedimentos da conferência em #OurOcean* e @StateDeptOES*.

* site em inglês com artigos em português e outros seis idiomas
** site em inglês