Recentemente, o presidente Obama afirmou durante uma reunião com jovens líderes africanos em Washington: “Os africanos estão começando a ultrapassar tecnologias antigas visando uma nova prosperidade.” “O continente [da África] conquistou avanços históricos na saúde, desde o combate ao HIV/Aids até tornar o parto mais seguro para mulheres e bebês. Milhões saíram da pobreza extrema. Portanto, isto representa um progresso extraordinário”, declarou Obama.
O presidente estava discursando a integrantes da Bolsa de Estudos Mandela Washington para Jovens Líderes Africanos, que viajaram até a capital da nação, onde fizeram networking com líderes empresariais, autoridades e entre si. A bolsa de estudos leva jovens africanos promissores a universidades dos EUA por um período de seis semanas para estudar negócios, liderança cívica e gestão pública.
Dentre os bolsistas se encontravam Brian Bwembya, do Zimbábue, cuja música combate a violência de gênero e educa os jovens sobre o HIV/Aids, e Jamila Mayanja, de Uganda, que criou uma empresa de lavanderia a domicílio que oferece aos jovens empregos e lhes ensina habilidades de empreendedorismo.

Para 2016, o presidente anunciou planos de dobrar o número de bolsistas Mandela Washington de 500 para mil. E também disse que, como parte do programa Jovens Líderes Africanos, até 80 americanos responderão à sugestão de um jovem participante do Senegal que acredita que os jovens americanos vão se beneficiar ao viajar para a África. Essas viagens não serão para ajudar as comunidades pobres, disse o presidente, “mas para aprender com outras sociedades, com humildade”.
O presidente observou que o desenvolvimento econômico de um país depende das oportunidades que oferece às mulheres. “Eu casei com uma pessoa que é forte e minha semelhança”, disse ele.
Uma questão crítica de uma geração
Respondendo a uma pergunta sobre o meio ambiente, o presidente afirmou que as mudanças climáticas “vão ser uma das questões críticas do seu tempo”. Essa geração de líderes, disse ele, deve “aprender com os nossos erros e encontrar caminhos novos e sustentáveis que não produzam carbono”.
A reunião do presidente com os jovens africanos caiu no dia em que o plano do governo Obama de reduzir as emissões de gases de efeito estufa oriundas de centrais elétricas dos EUA foi formalmente adotado.
Uma rede crescente e influente
Os bolsistas Mandela Washington, da África Subsaariana, fazem parte da rede unida e crescente de 140 mil integrantes, a Rede Yali*. Eles têm acesso a cursos on-line gratuitos e até agora receberam mais de 13 mil certificados de conclusão de curso.
Sua maior esperança para a Rede Yali, declarou Obama, é que em 10 ou 20 anos seus integrantes — então líderes empresariais e políticos — “se inspirem nas experiências anteriores e ajudem a próxima geração; e vocês não somente farão diferença em seus próprios países, mas serão a base para uma nova geração de liderança global”.
* site em inglês