Ainda há muito a ser feito para derrotar o Estado Islâmico (ou Daesh, acrônimo do Estado Islâmico em árabe), mas “enquanto a coalizão internacional mantiver seus esforços, e desde que o primeiro-ministro Abadi e o governo iraquiano permaneçam comprometidos com uma abordagem inclusiva (…), estou absolutamente confiante de que seremos bem-sucedidos”, afirmou o presidente Obama* após uma reunião em 8 de junho com Abadi durante a Cúpula do G-7 na Alemanha.

Durante uma conferência de imprensa* após a cúpula, o presidente disse: “Uma das áreas em que vamos ter de melhorar é a velocidade com que estamos capacitando as forças iraquianas.”

“Queremos ter mais forças de segurança iraquianas capacitadas, atualizadas, bem-equipadas e focadas”, declarou Obama, acrescentando que Abadi “deseja o mesmo”.

A inclusão política no Iraque permanence tão importante quanto o componente militar para combater os terroristas, disse o presidente.

“Se todos os sunitas, os curdos e os xiitas se sentirem como se seus interesses estão sendo atendidos, e que uma operação dentro de uma estrutura política legítima pode satisfazer suas necessidades por segurança, prosperidade, não discriminação, então teremos muito mais facilidade”, afirmou Obama. “A boa notícia é que o primeiro-ministro Abadi está fortemente comprometido com esse princípio.”

O primeiro-ministro iraquiano Haider Al Abadi e o presidente Obama dialogam fora da Cúpula do G7 (© AP Images)

Obama disse que espera que o Parlamento iraquiano possa agir em relação a uma legislação a fim de ajudar os combatentes sunitas a se tornar mais envolvidos em segurança, uma estratégia que funcionou em um passado recente.

“Isso foi em parte o que ajudou a derrotar o AQI [Al Qaeda no Iraque] — o precursor do EIIL — durante a Guerra do Iraque em 2006”, disse Obama. “Sem esse tipo de participação local, mesmo se você tiver sucesso de curto prazo, é muito difícil ocupar essas áreas.”

A estratégia de desintegrar e finalmente derrotar o EI inclui conter o fluxo de combatentes estrangeiros no Iraque e na Síria. Segundo Obama, progresso está sendo feito, mas mais cooperação entre parceiros regionais é necessária.

“Se pudermos cortar parcialmente o fluxo de combatentes estrangeiros, então poderemos isolar e desgastar as forças do EIIL que já estão lá”, afirmou o presidente. “Estamos tirando vários deles do campo de batalha”, acrescentou Obama, “mas se eles estão sendo recolocados, então no longo prazo o problema não será resolvido”.

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