Michael Scott Peters sorridente, com fileiras de bandeiras ao fundo (Depto. de Estado/D.A. Peterson)
Michael Scott Peters, observador juvenil dos EUA nas Nações Unidas, no Departamento de Estado em Washington (Departamento de Estado/D.A. Peterson)

Os dois meses que Michael Scott Peters passou ajudando crianças vítimas do tráfico de pessoas na República Dominicana lhe deram um novo vigor para enfrentar a questão como o novo observador juvenil dos Estados Unidos nas Nações Unidas.

Peters, de 23 anos, passou a maior parte do verão depois de se formar na Universidade Estadual de Utah, em maio, trabalhando como voluntário da Operação Ferrovia Subterrânea, organização que apoia crianças vítimas de tráfico sexual. Ele era responsável por ensinar empreendedorismo e habilidades de autoconfiança às mulheres jovens a fim de ajudá-las a começar de novo e a se sustentar.

O trabalho beneficente sempre foi uma parte crucial da vida de Peters, mas ele sabe que nem todos têm a chance de fazer a diferença no exterior. É por isso que ele está usando sua nova plataforma para aumentar a conscientização sobre questões globais e incentivar os jovens a se envolverem localmente.

“Eu tenho muita energia e empolgação para fazer a diferença — e o nosso esforço se resume a isso”, disse Peters, que está fazendo história como o primeiro observador juvenil dos EUA a vir do estado de Utah.

Tuíte:
Observador juvenil dos EUA: Você sabia que o tráfico de pessoas é a empresa criminosa de mais rápido crescimento nos EUA? A cada 30 segundos, uma criança é vendida.
Essa atrocidade é arrebatadora, mas há muitas maneiras de ajudar essas vítimas. Veja o que você precisa saber para ajudar a combater essa crise: https://buff.ly/2LPWhF8 @USYouthObserver #DYK  #humantrafficking

As habilidades de liderança que Peters aprendeu no estado de Utah, onde obteve seu diploma com dupla especialização em Administração de Empresas e Marketing, em nível internacional, ajudaram a prepará-lo para seu novo papel como observador juvenil da ONU. Peters foi eleito presidente do corpo discente em seu último ano, o que significa que ele atuou como um elo entre os alunos e a administração da universidade.

Peters vai aproveitar essa experiência e usar sua plataforma para educar, reunir e mostrar a seus pares como se envolver em causas que lhes interessam.

“Há coisas acontecendo ao redor do mundo e acho que os jovens nos Estados Unidos desejam fazer a diferença, mas muitos jovens não sabem como começar”, disse Peters.

Papel dos observadores juvenis

Desde 2012, a Associação das Nações Unidas dos EUA e o Departamento de Estado dos EUA nomearam um observador juvenil para aumentar o envolvimento dos jovens nos assuntos globais. Peters segue Munira Khalif, observadora juvenil dos EUA para 2017-2018.

Seu primeiro grande evento como observador juvenil é a 73ª reunião da Assembleia Geral da ONU em Nova York neste outono, o que lhe dá a oportunidade de se conectar com seus homólogos observadores juvenis de todo o mundo.

Trinta e três países enviaram 58 jovens delegados para a reunião em 2017. Peters representará a juventude americana em outros eventos e reuniões da ONU durante seu mandato e viajará nos Estados Unidos e no exterior.

No próximo ano, Peters visitará escolas de ensino médio e faculdades nos Estados Unidos para entender o que os alunos precisam, e está ansioso para começar.

“Eu quero olhar para trás e dizer que é disso que mais me orgulho, por ser um catalisador para a mudança, apenas para ver os resultados tangíveis e o que realmente conseguimos realizar em um ano”, disse Peters.

Este artigo foi escrito pela redatora freelance Lenore T. Adkins.