Oceanógrafa recruta jovens talentos

Retrato de Ashanti Johnson (Cortesia: Ashanti Johnson)
Ashanti Johnson (Foto: cortesia)

Ashanti Johnson começou sua carreira sabendo o suficiente sobre como romper barreiras. Ela é a primeira afro-americana a obter um diploma em Ciências Marinhas da Universidade de Texas A&M em Galveston, onde também atuou como presidente do diretório acadêmico.

É por isso que, como prosseguiu os estudos até fazer um doutorado, tornando-se oceanógrafa química, ela sempre encontrou tempo para ajudar estudantes que a sucediam.

Ashanti atribui seu sucesso científico parcialmente ao explorador Jacques Cousteau, cujos filmes despertaram sua paixão pelo oceano. Na escola, quando criança, ela trabalhou em projetos relacionados aos oceanos sempre que podia. Enquanto se concentrava em uma carreira no magistério — hoje professora adjunta na Universidade Mercer na Geórgia — ela continua a publicar escrevendo sobre radiogeoquímica aquática.

Concomitantemente, à medida em que trabalha em uma área em que há poucas mulheres afro-americanas, ela tem inspiração para preparar estudantes de diversas origens a fim de que desenvolvam suas próprias carreiras em Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática.

“O princípio de ‘nos erguer enquanto caminhamos’ foi incutido em mim por meus pais”, afirma.

Ajudando outras pessoas a estabelecer metas

Ashanti projeta alternativas que ajudam estudantes que fazem parte de grupos minoritários a identificar suas áreas de interesse, com um olhar voltado para o desenvolvimento de carreiras em Ciência e Tecnologia. “Eu digo a eles: ‘vamos ouvir qual é seu objetivo, e vamos descobrir como chegar lá’”, diz.

Em 2003, a Nasa abordou Ashanti e lhe pediu para iniciar um programa de mentoreamento que, em última instância, se tornou o Minorias se Esforçando e em Busca dos Mais Altos Degraus de Sucesso em Ciência do Sistema Terrestre* (MS PHD’S). Um dos inscritos é uma estudante de graduação ameríndia que nunca havia deixado a reserva onde se localiza sua tribo, até que foi aceita para integrar o programa, disse Ashanti. Desde então, a estudante “tem frequentado conferências e feito estágios… Ela desabrochou”.

Ashanti Johnson: Estudantes e professores em Phnom Penh no Camboja. Amei seus cartazes sobre mulheres nos campos CTEM! #CSEF2017#STEMOutreach @USEmbPhnomPenh @DrAshantiJ @VioletSTEAMproj @Phnom @Cambodia #WomeninSTEM

Ashanti também é cofundadora da organização sem fins lucrativos Sportin’ the Grades*, que ajuda estudantes-atletas com seu desenvolvimento acadêmico. “Incentivamos os estudantes a ter dois planos: esportes E parte acadêmica”, diz ela. Ao fazê-lo, a organização os ajuda a lançar as bases para carreiras.

Ao longo dos anos, Ashanti recebeu vários prêmios, incluindo o Prêmio Presidencial de Excelência em Mentoreamento em Ciência, Matemática e Engenharia em 2010. No entanto, sua maior satisfação, afirma, é ajudar seus estudantes a ver “que é possível a eles concretizarem seus sonhos” — tal qual ela fez.

* site em inglês