A Polônia recebeu um navio de cerca de 300 metros em um porto no Mar Báltico em 7 de junho, inaugurando uma nova era de energia para a Europa.
O navio-tanque Clean Ocean (Oceano Limpo, em tradução livre) fez a entrega de gás natural liquefeito (GNL) advindo dos Estados Unidos, o primeiro carregamento dessa natureza para a Europa Central.
“Dias como este entram para a história”, disse a primeira-ministra polonesa, Beata Szydło, em uma entrevista para a Associated Press.
O gás natural alimenta centrais elétricas e aquece residências. Tradicionalmente, os produtores transportam gás natural através de gasodutos. Países como a Polônia exigiam uma conexão física com os produtores de gás. Hoje, porém, a tecnologia permite que o gás natural seja enviado de qualquer lugar do mundo — em forma líquida. O gás natural pode ser comprimido em forma líquida e transportado de maneira segura através de navios-tanques especializados.
O novo terminal de gás natural liquefeito da Polônia abre espaço à concorrência — permitindo um abastecimento diversificado que faz com que o gás natural dos Estados Unidos e de outros países seja barato e confiável.
Na Europa, muitos países dependem de um único fornecedor de gás natural. Quando o abastecimento de gás é comprometido devido a escassez ou aumento no preço, as pessoas saem perdendo. As economias não conseguem prosperar, e as famílias não têm condições de pagar pelo aquecimento de suas casas.
Mary Warlick, enviada especial interina para Recursos Energéticos do Departamento de Estado, disse durante um briefing realizado em 1 de junho que a Lituânia já vê os benefícios do aumento na concorrência. Com um novo terminal capaz de importar gás natural liquefeito, o fornecedor russo do país baixou os preços em torno de 25%. Isso reduziu os custos de energia da Lituânia e aumentou a segurança energética do país.
“Eu quero deixar claro, no entanto, que concordamos que o gás russo pode e deve continuar sendo uma parte da matriz energética diversificada da Europa”, disse Mary Warlick.
Considerando que a segurança energética é uma prioridade para a Europa, o gás natural liquefeito assenta as bases para a acessibilidade, a estabilidade e a prosperidade futura.
“Hoje a Polônia pode afirmar que é um país seguro e soberano, também porque temos esses investimentos maravilhosos” em infraestrutura de gás natural, disse Beata Szydło.
O governo Trump prometeu aumentar as exportações de GNL e transformar os Estados Unidos em um dos principais exportadores de energia do mundo.
O Departamento de Estado informou que as exportações de GNL “apoiam os empregos americanos, reduzem as tarifas de energia para nossos parceiros no exterior e contribuem para as metas de segurança energética da Europa usando um fornecedor confiável e baseado no mercado”.