O estado americano de Maryland, um dos 13 estados originais que declararam independência da Grã-Bretanha, tem uma rica história que sempre incluiu o povo indígena. Elizabeth Rule, professora que se tornou desenvolvedora de aplicativos, está ajudando as pessoas a aprender sobre essas contribuições passadas e presentes.
“Eu realmente me interessei pelo mapeamento como uma forma de contar as histórias não contadas dos povos indígenas”, disse Elizabeth, professora assistente de Raça, Gênero e Cultura na Universidade Americana em Washington e cidadã registrada na Nação Chickasaw.
O aplicativo móvel Guide to Indigenous Maryland* (Guia de Maryland Indígena, em tradução livre) leva as pessoas a um tour virtual por 21 lugares culturalmente significativos — incluindo pontos de referência, obras de arte e prédios — que contam coletivamente uma história mais sutil sobre os povos indígenas de Maryland.
Um foco contemporâneo
Elizabeth afirmou que quer lutar contra o estereótipo de que os indígenas são apenas figuras históricas, “portanto, muito do foco é contemporâneo”.
Tomemos, por exemplo, o mural “Duality of Indigeneity” (Dualidade de indigeneidade, em tradução livre) em Baltimore pelo artista do Colorado Gregg Deal, que é membro da tribo paiute do Lago Pirâmide. O mural mostra dois meninos de frente um para o outro — um com cabelos compridos, o outro com capuz. “Qual deles é mais indígena?” Deal pergunta. “E a resposta é que ambos são indígenas*”, disse ele ao Baltimore Sun em 2016.
This land is their land. #HappyIndigenousPeoplesDay—first-ever in Baltimore—h/t @MayorBMScott for that. Mural by indigenous artist @greggdeal, “The Duality Of Indigeneity,” across from the Creative Alliance. pic.twitter.com/AhQLe1Vsua
— Ron Cassie (@ron_cassie) October 11, 2021
Tuíte:
Ron Cassie
Esta terra é a terra deles. Feliz Dia do Povo Indígena — inédito em Baltimore — tiro o meu chapéu para o prefeito Brandon M. Scott por isso. Mural do artista indígena Gregg Deal, “The Duality Of Indigeneity”, em frente à [organização artística] Creative Alliance. #HappyIndigenousPeoplesDay @MayorBMScott @greggdeal @ron_cassie
Outros sites no aplicativo incluem:
- Centro Natural de Irvine, construído em 2014, que inclui um local temático ameríndio dedicado a contar suas histórias.
- Centro de Recursos Culturais, que é afiliado ao Museu Nacional do Índio Americano do Instituto Smithsoniano* em Washington.
- O Parque Piscataway*, parte do Serviço Nacional de Parques dos EUA, inclui a Vila de Moyaone. A vila tem pelo menos 11 mil anos* e é o local de cerimônias como a Festa dos Mortos.

Elizabeth desenvolveu o aplicativo com uma força-tarefa estadual composta por várias entidades, incluindo nações indígenas locais de Maryland, os 24 sistemas de bibliotecas públicas do estado e organizações culturais que preservam e promovem a herança ameríndia e indígena.
Nicholas Brown, diretor-executivo interino do Sistema de Bibliotecas Memoriais do Condado de Prince George de Maryland, afirma que o aplicativo ajuda as pessoas a entender como a cultura indígena é essencial nos Estados Unidos. Ele destacou que vários lugares na região de Washington, como o Rio Anacostia e o Parque Piscataway, têm nomes de tribos que viviam lá e muitas vezes ainda vivem.

“Faz parte da vida cotidiana, mas as pessoas não costumam ter em mente o fato de que esta é uma terra indígena”, afirmou Brown.
O aplicativo marca o terceiro de uma série de Elizabeth centrada em povos indígenas. Ela também criou o Guia de Baltimore Indígena* e o Guia do Distrito de Colúmbia Indígena*.
“Fui inspirada a criar um recurso educacional para, em primeiro lugar, meus alunos indígenas que não sabiam que Washington, DC, tinha uma história indígena tão profunda, rica e diversificada, e também uma presença indígena.”
* site em inglês