A Galeria Nacional de Retratos em Washington tem duas vezes mais pinturas de retratos de latinos hoje do que há três anos.
Isso é em grande parte graças a Taína Caragol, a primeira curadora de arte e história latino-americana do museu, onde trabalha desde 2013.
Vinculado ao Instituto Smithsoniano, o museu visa representar melhor as contribuições dos latinos à história e à cultura americana, afirma Taína, que nasceu em Porto Rico. Desde sua chegada, a galeria adquiriu mais de 100 retratos de latinos, a maioria dos quais feitos por artistas latinos.

Taína disse que espera que os visitantes tenham uma noção de quão profundamente a cultura latina está incorporada na estrutura da sociedade americana — e o quanto os talentos latino-americanos estão ajudando a moldar o futuro de seu país.

Taína admite que atualmente tem alguns favoritos na crescente coleção de retratos latinos do museu. Um deles é um retrato da líder sindical Dolores Huerta, por Barbara Carrasco, e o outro é um retrato da cantora de salsa Celia Cruz, por Alexis Rodríguez-Duarte e Tico Torres.

Sobre o retrato de Huerta, Taína diz: “Adoro o fato de esta ser uma peça que documenta a estreita relação entre o artista e Dolores Huerta, por ser dedicado por Dolores à sua ‘amada Bárbara, com respeito’”, referindo-se a Barbara Carrasco, artista e ativista “chicana” (americana de ascendência mexicana).

Os estilos dos artistas, como seus modelos, variam tremendamente.
Taína Carrasco é conhecida por suas obras lineares com cores ousadas, enquanto o fotógrafo Rodríguez-Duarte e o estilista Torres trabalham juntos para criar retratos dinâmicos de celebridades que incluem artistas e figuras públicas.
Além da pintura de retratos, Taína tem interesse em murais pintados durante os movimentos chicano e nuyoricano dos anos 1960 e 1970, liderados respectivamente por mexicano americanos e porto-riquenhos vivendo em Nova York. Segundo a curadora, os artistas “expressaram a experiência de viver entre duas culturas”.