O jeito mais certo de ter eleições justas, segundo especialistas, é ter o maior número de olhos atentos possível em cada passo do processo. Com vários países realizando eleições presidenciais em outubro e novembro, grupos de cidadãos que monitoram as eleições exercerão papéis importantes para assegurar que os resultados sejam justos e críveis.
A Rede Mundial de Observadores Eleitorais Nacionais (GNDEM*) representa 190 grupos de fiscalização em 75 países em cinco continentes. Em 2012, a organização lançou a Declaração de Princípios Globais para a Observação e o Monitoramento de Eleições Apartidárias por Organizações Cidadãs** em uma cerimônia nas Nações Unidas. O documenta delineia as normas para os cidadãos que trabalham para manter as eleições justas.
O documento tem importância porque monitorar não funciona sem um plano cuidadoso. “Não se pode monitorar tudo”, disse Michelle Brown do Instituto Democrático Nacional (IDN), organização sem fins lucrativos que fornece assistência técnica para os fiscais locais da GNDEM. “Eles têm de estar focados”, disse Michelle Brown. “Eles têm de perceber quais são as questões salientes que poderiam ter o maior impacto.”
O IDN ajuda os monitores a criar listas de controle para usar em campo. Grupos como o IDN capacitam tanto os observadores de longo prazo, que monitoram como os limites eleitorais são estabelecidos, o cadastro de eleitores e a qualificação das urnas, e os observadores de curto prazo, que focam nos procedimentos no dia da eleição.
O que acontece quando o monitoramento eleitoral é abrangente? “A Nigéria é um excelente exemplo”, disse Michelle. Quatro grupos proeminentes da sociedade civil representando interesses diversos se uniram para formar o Projeto de Contagem Rápida para monitorar as eleições gerais nigerianas de 2015. “Eles fizeram um trabalho muito bom de contato inicial com a comunidade e de informar as pessoas sobre quem eles eram”, disse Michelle. “Eles tinham uma rede nacional, bons relatórios pré-eleitorais e, depois, oportunamente, divulgaram o resultado das eleições.”
* site em inglês
** site em inglês e outros quatro idiomas
