Os aliados EUA e Otan fortalecem vínculo transatlântico

EUA e Otan permanecem unidos em face de ações ofensivas globais, disse o secretário de Estado, Antony Blinken, durante uma viagem de 30 de novembro a 2 de dezembro à Europa.

“É fundamental para a nossa segurança”, disse Blinken sobre a Otan durante a reunião ministerial da aliança em Riga, Letônia. “É com base em valores compartilhados. É uma força poderosa para a estabilidade na Europa e na América do Norte.”

Líderes fazendo fila para foto oficial da Otan (Otan)
Os ministros das Relações Exteriores da Otan posam para uma foto durante a reunião que tiveram em Riga, Letônia, 30 de novembro (Otan)

Blinken disse que os EUA e a Otan estão totalmente comprometidos com a Ucrânia e reiterou a preocupação do governo sobre o aumento de tropas russas perto da fronteira com a Ucrânia.

“Os Estados Unidos permanecem inabaláveis ​​em nosso apoio à soberania e à integridade territorial da Ucrânia, e comprometidos com nossa parceria com a Ucrânia no que se refere à segurança”, disse Blinken. Mas ele alertou a Rússia: “Estamos preparados para impor custos severos para novas ações ofensivas russas na Ucrânia.”

Grupo de pessoas reunidas à mesa (© Jonathan Nackstrand/AP Images)
Blinken (à direita) se reuniu com o ministro de Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba (à esquerda), em Estocolmo, em 2 de dezembro, paralelamente a uma reunião da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (© Jonathan Nackstrand/AP Images)

O secretário também participou da reunião de 1 a 2 de dezembro do Conselho Ministerial da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE). Blinken chamou a OSCE de “instituição de valor inestimável” porque sua visão de segurança inclui o respeito pelos direitos humanos e os princípios democráticos de governo.

Enquanto estava na reunião, Blinken se encontrou com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, e pressionou a Rússia a reduzir sua formação de tropas perto da Ucrânia, obedecer ao cessar-fogo estipulado no acordo de Minsk e permitir aos monitores da OSCE acesso total à região.

Antony Blinken apertando a mão do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov (© Jonathan Nackstrand/AP Images)
Blinken (à esquerda) cumprimenta o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, paralelamente a uma reunião da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa em Estocolmo, dia 2 de dezembro (© Jonathan Nackstrand/AP Images)

“A melhor maneira de evitar uma crise é por meio da diplomacia”, disse Blinken. Mas ele advertiu: “Se a Rússia decidir buscar o confronto, haverá sérias consequências.”

Os EUA e seus aliados também estão responsabilizando a Belarus. Os EUA anunciaram novas sanções contra 32 pessoas físicas e jurídicas na Belarus por seu papel no apoio à repressão conduzida pelo presidente Alyaksandr Lukashenka.

Blinken exortou a Belarus a libertar todos os presos políticos, realizar eleições justas que estejam sujeitas a observação independente e interromper o contrabando de migrantes ao longo de suas fronteiras. A UE, o Reino Unido e o Canadá também anunciaram sanções contra a Belarus.

Antony Blinken sorrindo em meio a um grupo de pessoas (© Jonathan Nackstrand/AP Images)
Blinken (ao centro) se reúne com delegados durante uma reunião da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa em Estocolmo, 2 de dezembro (© Jonathan Nackstrand/AP Images)

Durante a viagem, Blinken destacou as conexões entre liberdade e estabilidade, e entre repressão interna e agressão transfronteiriça. “Vimos como os países que sistematicamente violam os direitos humanos internamente semeiam instabilidade em outros países, e como governantes que abusam de seu poder e ignoram os direitos de seu povo dão permissão a líderes em outros lugares para fazer o mesmo”, disse ele.

“Paz e prosperidade duradouras exigem respeito pela soberania e integridade territorial dos países e pelos direitos humanos de todas as pessoas.”