“Está é de fato uma ocasião memorável, um dia para deixar de lado barreiras antigas e explorar novas possibilidades”, o secretário Kerry disse aos cubanos, ao assinalar a primeira vez que um secretário de Estado dos EUA visita a nação insular desde 1945.

Durante pronunciamento em Havana em 14 de agosto, Kerry declarou que a ruptura dos laços democráticos que vigorou por 54 anos provou ser ineficaz para ambos os países, bem como para seus vizinhos da região. Juntamente com o secretário estavam os fuzileiros navais aposentados dos EUA Larry Morris, Jim Tracy e Mike East, que arriaram a bandeira da Embaixada dos EUA* em 1961 e retornaram para formalmente a hastearem sobre a recém-restabelecida missão diplomática.

“O estabelecimento de relações diplomáticas normais não é algo que um governo faz como um favor para o outro. É algo que dois países fazem juntos quando os cidadãos de ambos beneficiarão”, afirmou Kerry. “Agora é hora de estender a mão uns aos outros como dois povos que não são mais inimigos ou rivais, mas vizinhos (…) e o mundo deve saber que queremos o bem para o outro”.

O presidente Obama anunciou seu plano de pôr fim à política dos EUA de isolar Cuba em 17 de dezembro de 2014. Segundo recentes dados de pesquisa, cerca de 75% dos americanos apoiam a decisão.

Os Estados Unidos reconhecem o governo de Cuba, mas continuarão a apoiar reformas democráticas e de direitos humanos no país, disse Kerry.

“A restauração dos laços facilitará para os dois governos o engajamento em muitos assuntos de interesse mútuo, inclusive aviação civil, migração, meio ambiente e a preparação para desastres naturais e mudanças climáticas globais”, afirmou.

* site em inglês