Os EUA prometem aumentar o número de refugiados reassentados

Os Estados Unidos vão reassentar 10 mil refugiados da Síria como parte de seu número anual global (© AP Images)

Já considerada a nação líder quanto ao reassentamento de refugiados, os Estados Unidos vão aumentar significativamente seus esforços neste e no próximo ano.

Falando na Alemanha em 20 de setembro, o secretário de Estado, John Kerry, anunciou* planos para reassentar 85 mil refugiados no ano fiscal de 2016 e mais 100 mil no ano fiscal de 2017. Os EUA anunciaram no início de setembro que vão reassentar pelo menos 10 mil refugiados da Síria como parte desse número global.

“Tradicionalmente, somos uma nação que sempre foi um paraíso para aqueles que procuram se livrar da perseguição, da fome, da opressão, da guerra”, disse Kerry. Os EUA têm um longo histórico de reassentamento de refugiados, com mais de 3 milhões começando uma vida nova nos Estados Unidos desde 1975.

“Somos o maior programa único no mundo em termos de reassentamento de refugiados de forma contínua”, disse o secretário.

Enquanto visitava a Alemanha, Kerry se reuniu com refugiados sírios que instaram os EUA e outros países a encontrar uma solução política para o conflito em seu país.

Após um anúncio feito em 21 de setembro de quase US$ 419 milhões em assistência humanitária adicional, os EUA já contribuíram com mais de US$ 4,15 bilhões para os esforços de ajuda humanitária desde que o conflito sírio começou em 2011 — mais do que qualquer outro doador. Apelos de ajuda por parte da ONU permanecem mais de 60% subfinanciados, e os EUA continuam a defender mais ajuda emergencial do mundo inteiro.

“Desde o início do conflito na Síria, estamos orgulhosos de que temos sido capazes de fornecer mais dinheiro para abrigo, alimentação e remédios”, disse Kerry.

“Mas esta medida que estou anunciando hoje creio que está em consonância com a melhor tradição dos Estados Unidos como uma terra de segundas chances e uma luz de esperança, e será acompanhada por contribuições financeiras adicionais para o esforço humanitário não só do nosso governo, mas do povo americano”, disse ele.

* site em inglês