Os EUA e a China assinarão o Acordo de Paris sobre as mudanças climáticas no Dia da Terra, em 22 de abril. Esse será o primeiro dia em que os governos têm permissão de apor suas assinaturas no acordo histórico.
Os líderes das duas maiores economias do mundo já estão de olho no futuro: o presidente Obama e o presidente Xi Jinping concordaram em aderir formalmente ao acordo o quanto antes neste ano, e em trabalhar em conjunto visando medidas para combater as mudanças climáticas, incluindo reduzir as emissões dos aviões e outras questões não abrangidas pelo Acordo de Paris.
Obama e Xi também planejam pressionar os líderes das principais economias do mundo no que se refere à medida de combate às mudanças climáticas durante o encontro do G20* em 4 e 5 de setembro na China.
Esse compromisso “envia um forte sinal” aos países em todo o mundo, afirmou Alden Meyer* da Union of Concerned Scientists (União de Cientistas Preocupados, em tradução livre).
Os EUA e a China produzem juntos cerca de 40% das emissões mundiais de carbono.
Compromisso global
As duas nações surpreenderam o mundo durante o quarto trimestre de 2014 ao anunciar conjuntamente suas respectivas metas visando combater as mudanças climáticas*. Os EUA se comprometeram a reduzir suas emissões entre 26% e 28% abaixo dos níveis de 2005 até 2025. A China se comprometeu a atingir o máximo de suas emissões de dióxido de carbono até 2030 e a envidar todos os esforços para atingir o máximo mais cedo.
Desde então, os países que representam quase 99% das emissões globais aderiram a planos climáticos individuais, e 196 países adotaram o Acordo de Paris sobre as mudanças climáticas em dezembro de 2015. O acordo, baseado em planos nacionais, entrará em vigor quando os 55 países responsáveis por no mínimo 55% das emissões globais aderirem.
Espera-se que mais de cem chefes de Estado e outras autoridades governamentais de alto nível viajem à cidade de Nova York para a cerimônia de assinatura no Dia da Terra, uma demonstração sem precedentes do ímpeto em favor do acordo.
Brian Deese, assessor especial da Casa Branca para Mudanças Climáticas, afirma que este momento é significativo. “Não vamos esperar, não apenas assinar no primeiro dia, mas aderir muito mais rapidamente do que tem sido uma prática histórica.”
* site em inglês