Passados séculos da morte de 14 escravos e de em grande parte terem sido esquecidos, seus restos mortais que foram encontrados por trabalhadores da construção civil serão enterrados novamente perto do Rio Hudson em Nova York.
Os escravos tinham sido enterrados em caixas de madeira simples feitas de pinheiro, provavelmente no século 18 ou início do século 19 — ninguém sabe ao certo.
Em junho, eles serão publicamente imortalizados e enterrados em caixões personalizados e feitos à mão ao lado dos túmulos de famílias proeminentes em Albany, Nova York, de acordo com a Associated Press*.
“Temos a obrigação de garantir que essas pessoas recebam um nível de dignidade e respeito que nunca receberam em vida”, disse Cordell Reaves, do Projeto Cemitério Schuyler Flatts.
As reconstruções faciais foram feitas para cada um dos escravos: sete adultos, cinco bebês e duas crianças, concedendo dignidade àqueles que nem nome tinham.
A descoberta contribui para o legado da escravidão nos Estados Unidos. Os ossos dos escravos refletem a vida árdua que tiveram: costas com artrite, falta de dentes, estrutura muscular. Aos 30 e poucos anos de idade, uma mulher tinha artrite nas costas, nos ombros e no maxilar. Os dentes da frente tinham pequenos entalhes, possivelmente em razão de puxar fios entre eles repetidamente.
“É muito raro ter a oportunidade de não apenas falar sobre a vida dos escravos, mas também de realmente fazer algo para homenageá-los”, afirmou Reaves.
* site em inglês