Os setores de energia eólica e solar obtêm créditos bem merecidos do Congresso

Líderes empresariais de energia renovável ​​eram só sorrisos após os créditos fiscais estendidos pelo Congresso dos EUA (© AP Images)

Nos EUA, os especialistas preveem um boom chegando no âmbito da energia renovável — especialmente solar e eólica — e não apenas por causa da recente decisão dos líderes mundiais na Cúpula do Clima em Paris. Em dezembro, o Congresso dos EUA estendeu créditos fiscais que reforçam a confiança dos investidores no setor de energia renovável.

Líderes empresariais estão elogiando a ação do Congresso, que está ampliando ​créditos fiscais para investimentos e créditos fiscais para produção de energia renovável que, do contrário, teriam expirado.

Houve um forte apoio entre os legisladores para a alocação de crédito fiscal para investimentos de 30% para a indústria de energia solar e de crédito fiscal para produção de US$ 0,023 por quilowatt-hora para os fornecedores de energia eólica. Esses créditos, que serão eliminados gradativamente em um período de cinco a sete anos a menos que sejam prorrogados novamente, ajudam desenvolvedores, fabricantes, instaladores e fornecedores ​​de energia renovável.

Outras tecnologias de energia renovável, como as energias geotérmica e hidrelétrica, poderão desfrutar de uma extensão de um ano de um crédito fiscal para investimentos de 30%. Os biocombustíveis também serão beneficiados.

A energia renovável gera empregos

A extensão do crédito fiscal para investimentos foi saudada como “o mais importante desenvolvimento de políticas para a energia solar dos EUA em quase uma década”, afirmou MJ Shiao, diretor da Greentech Media Research.

“Com as políticas previsíveis agora existentes, vamos continuar a promover a tecnologia de turbinas eólicas, reduzindo nossos custos e repassando a economia para as famílias americanas e empresas em todos os cantos do país”, disse Tom Kiernan, diretor executivo do Associação Americana de Energia Eólica (Awea).

Líderes de empresas de energia variadas – Pattern Energy, Siemens, Berkshire Hathaway Energy, entre outras – ecoaram esses sentimentos.

“Ter uma política fiscal estável para esses setores vai proporcionar condições de mercado previsíveis e capacitá-los a crescer, reduzir custos e atrair investimentos”, afirmou Lisa Jacobson, do Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável.

Gráfico mostra aumento das projeções de energia solar e eólica de 2015 a 2020 (Depto. de Estado/Julia Maruszewski)
Fonte: Conselho de Relações Exteriores (Depto. de Estado/Julia Maruszewski)

A extensão de vários anos de créditos fiscais dá às empresas de energia solar e eólica tempo para construir e implantar amplamente novas tecnologias.

Os créditos fiscais já ajudaram a quadruplicar a produção de energia eólica desde 2008, de acordo com a Awea, e impulsionaram a inovação da tecnologia de turbinas eólicas, o que fez com que os custos de instalação nesse setor caíssem 66% em seis anos. As extensões irão proteger milhares de postos de trabalho e criar muitos mais. Quando os créditos expirarem, os analistas afirmam, alguns estados vão obter energia mais barata advinda das energias solar e eólica do que de combustíveis fósseis convencionais.

Impulsionando os preços das ações do setor

A notícia das extensões de crédito fiscal impulsionou as vendas de ações de empresas de energia solar, incluindo Solar City, SunEdison e SunPower, líderes em desenvolvimento, fabricação e instalação de tecnologia solar. E a Bloomberg New Energy Finance prevê* que as extensões vão adicionar as quantidades colossais de 20 gigawatts de energia solar e 19 gigawatts de energia eólica ao longo de cinco anos, no valor de mais de US$ 73 bilhões em novos investimentos.

As extensões de crédito fiscal sinalizam futuros investimentos em energia sustentável, afirmou o presidente Obama a jornalistas. “Agora você tem um mercado global de energia limpa, que é estável e continuará a crescer ao longo da próxima década”, disse ele.

* site em inglês