Os vencedores da “bolsa para gênios” da Fundação MacArthur incluem inovadores com alcance global

Conheça a mais nova safra de gênios.

Eles são os 24 beneficiários das bolsas de estudo da Fundação MacArthur 2017, muitas vezes chamadas de “bolsas para gênios”. Eles foram anunciados recentemente pela Fundação John D. e Catherine T. MacArthur, cuja sede fica em Chicago.

As bolsas de estudo são concedidas anualmente a 20–30 indivíduos em várias disciplinas. Os beneficiários têm de demonstrar “extraordinária originalidade e dedicação em suas atividades criativas e uma capacidade acentuada de autodireção”, de acordo com a fundação

https://twitter.com/macfound/status/929098929374973952

Fundação MacArthur: Mais conversas com três indivíduos criativos da turma de 2017 da Bolsa de Estudos MacArthur: Annie Baker, @jesmimi e Taylor Mac. Ouça o áudio em que esses bolsistas da MacArthur discutem seu trabalho: http://bit.ly/2zNrCCP @macfound

Os vencedores são pessoas das mais diversas origens. Cada um recebe US$ 625 mil, distribuídos ao longo de cinco anos como “um investimento em seu potencial”. O dinheiro pode ser usado sem restrições.

Os bolsistas da Fundação MacArthur devem ser cidadãos ou residentes dos Estados Unidos, e não podem ocupar cargos eletivos ou cargos sêniores no governo.

Também não podem se candidatar às bolsas. Alguém tem de nomeá-los, e porque o processo de seleção é confidencial, os candidatos não sabem que estão sendo considerados. Eles só descobrem depois de terem sido selecionados, com um telefonema da fundação antes que a notícia se torne pública.

Da Imunologia à ópera

Dentre os bolsistas de 2017 estão o imunologista brasileiro Gabriel Victora, que leciona na Universidade Rockefeller de Nova York e estuda como os anticorpos se defendem contra infecções; Annie Baker, dramaturga vencedora do prêmio Pulitzer; o cientista em Informática Stefan Savage, que pesquisa a segurança na internet e o crime cibernético; e o produtor de ópera e teatro Yuval Sharon, criador de óperas itinerantes imersivas, multissensoriais.

Alguns dos bolsistas de 2017 já estão se empenhando com o intuito de causar um impacto global.

O estrategista de direitos humanos Greg Asbed, por exemplo, desenvolveu um programa com o objetivo de melhorar as condições de trabalho para os agricultores que fazem a colheita de tomate em Immokalee, Flórida. Seu modelo agora está sendo reproduzido pela indústria de vestuário em Bangladesh, entre outros lugares.

A abordagem de Asbed é considerada responsável pela eliminação de abusos graves, como trabalho forçado e roubo de salários.

Mulher no palco cantando e tocando banjo (© Jeff Hahne/Getty Images)
A bolsista Rhiannon Giddens faz uma performance em Charlotte, Carolina do Norte (© Jeff Hahne/Getty Images

Com o dinheiro de sua bolsa, Asbed disse ao Miami Herald que espera ampliar o alcance de seu programa e “transformar a vida das pessoas imensamente”.

Outra bolsista, a cientista da computação Regina Barzilay, leciona no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Ela está desenvolvendo métodos de aprendizagem de máquina que permitem aos computadores processar e analisar grandes quantidades de dados da linguagem humana.

Regina está aproveitando o poder da aprendizagem de máquina para cuidar de pacientes com câncer. Suas técnicas de processamento de dados visam identificar tendências e padrões que propiciem o diagnóstico precoce, o tratamento e a prevenção de doenças em todo o mundo.

Desde 1981, 942 pessoas receberam bolsas da Fundação MacArthur.

Os bolsistas de 2017 representam uma ampla gama de talentos nos campos de Artes, Humanas e Ciências, incluindo o fotógrafo Dawoud Bey, o matemático Emmanuel Candès, os músicos Rhiannon Giddens e Tyshawn Sorey, o antropólogo Jason De León, o artista de teatro Taylor Mac, a organizadora de justiça social Cristina Jiménez Moreta e o historiador Derek Peterson.

Completando a lista de bolsistas, temos: o planejador urbano Damon Rich, a jornalista Nikole Hannah-Jones, o escritor Viet Thanh Nguyen, a arquiteta de paisagens Kate Orff, o líder da comunidade Rami Nashashibi, a psicóloga Betsy Levy Paluck, a pintora Njideka Akunyili Crosby, o historiador Sunil Amrith, o artista/geógrafo Trevor Paglen e a escritora de ficção Jesmyn Ward.