Os verdadeiros custos dos empréstimos chineses

Esta é uma história que está se tornando cada vez mais comum: um país em desenvolvimento com enorme potencial anuncia um novo e empolgante projeto de desenvolvimento de infraestrutura. O dinheiro para esse projeto advém de um empréstimo que parece generoso. Os detalhes do empréstimo não são claros, mas a quantia é enorme. Tanto os políticos como os credores prometem que o projeto será benéfico para ambas as partes. 

Ilustração de homem carregando um enorme saco de dinheiro ao lado de citação sobre o custo de empréstimos chineses (Depto. de Estado/D. Thompson)
(Depto. de Estado/D. Thompson)

Após a onda inicial de euforia, algumas pessoas começam a questionar: quais são os termos do empréstimo? O que acontece se o país em desenvolvimento não puder quitá-lo dentro do prazo? Por que o projeto está usando trabalhadores estrangeiros em vez de proporcionar empregos para a população local?

Países estão se dando conta do verdadeiro custo do crédito demasiadamente fácil e das consequências de serem pegos em uma armadilha da dívida, onde o país que concede o empréstimo usa a dívida a fim de obter ativos estratégicos, como portos ou influência política. O Sri Lanka optou pelo arrendamento, durante um período de 99 anos, de um porto de suma importância para a China quando enfrentou uma situação difícil de amortização de empréstimos com poucas opções adicionais.

À medida que as pessoas reconhecem os problemas com empréstimos baratos, países da África e da Ásia estão repensando seus investimentos com a Iniciativa Um Cinturão, Uma Rota.

Os Estados Unidos, o maior fornecedor mundial de assistência externa, evitam esses problemas trabalhando com países e comunidades locais a fim de estabelecer parcerias de longo prazo, em vez de relações baseadas em dívidas.