Nos primeiros anos da Guerra Fria, os EUA, o Canadá e 10 nações da Europa Ocidental fizeram um pacto de defesa coletiva para proteger o continente contra a expansão soviética. Caso qualquer um de seus membros fosse atacado, os membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) prometeram se unir e lutar como se fossem um só.

Hoje a Otan tem 28 membros e, em 19 de maio, a aliança fez formalmente um convite para Montenegro se tornar o 29­º. Essa será a primeira expansão da organização desde que a Albânia e a Croácia se tornaram membros em 2009.

Ao todo, a Otan admitiu uma dúzia de novos membros entre 1999 e 2009, incluindo dez países que outrora fizeram parte do Pacto de Varsóvia, além da Eslovênia e da Croácia, ambos da antiga Iugoslávia.

Montenegro é um pequeno país situado nos Bálcãs, na costa do Mar Adriático, com uma população de 620 mil habitantes. O país deu suporte à operação liderada pela Otan no Afeganistão de 2010 a 2014.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que a adesão à aliança “trará mais estabilidade e segurança para a região e, portanto, [promoverá] a prosperidade”.

Na verdade, a integração à Otan tem trazido vantagens para seus membros que vão muito além do aumento da segurança ao estimular o crescimento de suas economias de livre comércio.

Gráficos mostram o crescimento do produto interno bruto (Banco Mundial, Departamento de Estado)
O crescimento do produto interno bruto (PIB) dos 12 países do antigo bloco do Leste Europeu que aderiram à Otan desde 1999 (Banco Mundial, Departamento de Estado)

Sob a “política de portas abertas” da aliança de Bruxelas, a inclusão está disponível para qualquer “Estado europeu em posição de promover os princípios [do Tratado do Atlântico Norte de 1949] e contribuir para a segurança da região do Atlântico Norte.”

Os países interessados devem convencer os aliados de que eles não estão apenas comprometidos com a defesa coletiva, mas também que estão em conformidade com os padrões políticos, militares e econômicos:

  • Um sistema político democrático em vigor e baseado em uma economia de mercado.
  • Tratamento justo para minorias da população.
  • Comprometimento para resolver conflitos pacificamente.
  • Habilidade e vontade de oferecer colaboração militar nas operações da Otan.
  • Compromisso com as instituições e relações democráticas civis e militares.

Segundo a Otan, três outros países — Bósnia e Herzegovina, Geórgia e a Ex-República Iugoslava da Macedônia — têm interesse em se tornar membros da aliança.

A decisão de admitir um novo membro precisa ser unânime. Cada aliado faz sua própria avaliação para decidir se um país atende aos padrões da Otan. Os processos de ratificação variam. Os EUA requerem voto de aprovação de dois terços do Senado. O Reino Unido não submete a questão à votação no Parlamento.

Membros e ano de adesão: Bélgica, Canadá, Dinamarca, Estados Unidos, França, Holanda, Islândia, Itália, Luxemburgo, Noruega, Portugal e Reino Unido (1949); Grécia e Turquia (1952); Alemanha (1955); Espanha (1982); Hungria, Polônia e República Tcheca (1999); Bulgária, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Letônia, Lituânia e Romênia (2004); Albânia e Croácia (2009).