
Trinta e três países de todo o mundo, incluindo membros do Grupo Lima e do Grupo de Contato Internacional, e alguns Estados-membros da União Europeia, assinaram uma declaração conjunta clamando por democracia na Venezuela.
A declaração*, divulgada em 14 de agosto, é um apelo a fim de “colocar os interesses da Venezuela acima da política e se engajar urgentemente no apoio a um processo moldado e conduzido pelos venezuelanos visando estabelecer um governo de transição inclusivo que levará o país a eleições presidenciais livres e justas, o mais cedo possível”, diz.
Seu apelo por um governo de transição inclusivo reforça as propostas feitas pelo governo interino da Venezuela e pelo Modelo de Transição Democrática proposto pelo governo dos EUA, lançado em março.
O modelo exige que um governo de transição funcione como um Poder Executivo temporário. Esse governo de transição supervisionaria as etapas que levariam a uma eleição presidencial verdadeiramente livre, garantindo que nenhum candidato tivesse uma vantagem injusta, e colocaria o país no caminho da recuperação.
O modelo proposto não será “uma maneira para que Maduro permaneça no poder perpetuamente, que é o que ele deseja, mas representa uma maneira de todos ao seu redor dizerem: ‘Na verdade, temos um futuro muito bom se apenas o assumirmos’”, disse Michael Kozak, do Departamento de Estado, em uma coletiva de imprensa em 14 de agosto.
A declaração foi assinada por uma coalizão de países ao redor do mundo. Em 19 de agosto, estes países haviam assinado: Albânia, Austrália, Bahamas, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Estados Unidos, Estônia, Geórgia, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, Hungria, Israel, Kosovo, Letônia, Lituânia, Marrocos, Panamá, Paraguai, Peru, Reino Unido, República da Coreia, República Dominicana, República Tcheca, Santa Lúcia e Ucrânia.
A declaração clama pelo fim de todas perseguições políticas e atos de repressão, especialmente aqueles cometidos contra:
- Defensores dos direitos humanos.
- Agentes humanitários.
- Profissionais de saúde.
- Jornalistas.
- Membros de comunidades indígenas da Venezuela.
- Membros da Assembleia Nacional sob a liderança de Juan Guaidó.
- A população venezuelana em geral.
“É hora de uma transição pacífica e democrática na Venezuela”, disse o secretário de Estado, Michael R. Pompeo, em 14 de agosto. “Os Estados Unidos e a comunidade internacional compartilham a obrigação de demonstrar e apoiar o povo venezuelano em seus esforços para reaver sua democracia.”
* site em inglês