Países expulsam diplomatas russos em protesto contra a invasão da Ucrânia

Nações estão enviando uma mensagem clara em resposta à invasão em larga escala da Ucrânia perpetrada pela Rússia em fevereiro. Elas estão ordenando que as autoridades russas saiam de seus países. 

Estima-se que 400 funcionários diplomáticos russos foram expulsos da Europa* desde a invasão, segundo a revista Foreign Policy. Entre os membros da Otan, pelo menos 24 dos 30 Estados-membros pediram que as autoridades russas saíssem.

Expulsar diplomatas é apenas uma das maneiras das quais o mundo tem denunciado a guerra não provocada e injusta do presidente russo, Vladimir Putin, contra a Ucrânia. Dezenas de países impuseram fortes sanções e controles de exportação contra a Rússia, enquanto a Assembleia Geral das Nações Unidas votou majoritariamente para condenar as ações do Kremlin na Ucrânia.

Crimes de guerra da Rússia citados entre as justificativas

Vários países europeus adotaram medidas após o bombardeio por parte de militares russos e o assassinato brutal de civis, principalmente aqueles em Bucha, onde as vítimas foram encontradas em valas comuns perto de Kiev.

A Rússia agiu com “brutalidade inacreditável*” em relação à Ucrânia, disse a ministra das Relações Exteriores, Annalena Baerbock, quando a Alemanha anunciou que 40 funcionários russos haviam sido expulsos.

“Os crimes de guerra e os crimes contra a humanidade cometidos pelas Forças Armadas russas na Ucrânia não serão esquecidos”, disse o ministro das Relações Exteriores da Lituânia, Gabrielius Landsbergis, em 4 de abril, quando a Lituânia retirou seu próprio embaixador de Moscou e expulsou o homólogo russo.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Polônia, Lukasz Jasina, condenou a Rússia por “travar uma guerra brutal* contra a Ucrânia”.

A ministra das Relações Exteriores da Suécia, Ann Linde, disse que era “óbvio” que as tropas russas cometeram crimes de guerra na Ucrânia.

Histórico de irregularidades

Esta não é a primeira vez que países expulsam diplomatas russos pelo comportamento inescrupuloso do Kremlin.

Em 2018, os parceiros da Otan e os Estados Unidos ordenaram que dezenas de diplomatas e agentes de inteligência russos deixassem seus países. O objetivo era protestar contra a tentativa de envenenamento de Sergei Skripal, um ex-oficial de inteligência que vive na Grã-Bretanha, e sua filha, usando um agente neurotóxico.

Em 2021, a República Tcheca ordenou que 63 diplomatas russos saíssem do país por suspeita de que agentes de inteligência russos estivessem envolvidos em duas explosões* em um depósito de armas militar em 2014. Duas pessoas morreram no local.

Também em 2021, o Departamento de Estado disse que os Estados Unidos expulsaram diplomatas russos para responsabilizar o governo russo* pelas seguintes ações: invasão da SolarWinds, relatos de recompensas por captura de soldados americanos no Afeganistão e tentativas de interferir nas eleições americanas de 2020.

* site em inglês


Nações que estão expulsando diplomatas russos

Alemanha
Áustria
Bulgária
Dinamarca
Eslovênia
Espanha
Estônia
Finlândia
Grécia
Irlanda
Itália
Japão
Letônia
Lituânia
Luxemburgo
Noruega
Polônia
República Tcheca
Romênia
Suécia