Feche os olhos. Tape os ouvidos. Agora tente navegar na internet. Cem mil americanos e milhões de pessoas no mundo inteiro enfrentam esse desafio diariamente. É por isso que uma nova iniciativa do governo dos EUA ajuda cegos e surdos de baixa renda a navegar a supervia da informação.

Em seus primeiros 18 meses, o programa iCanConnect (site em inglês) forneceu para 2 mil usuários ampliadores de vídeo, leitores de tela e impressoras braille para ajudá-los a usar aparelhos móveis e a acessar a internet. Uma usuária, Tanisha Verdejo, disse ao canal de TV americana Fox News: “Para mim o mundo todo se abriu.”

O software WebAnywhere desenvolvido por um estudante da Universidade de Washington permite que pessoas cegas usem qualquer computador conectado à internet
“Para mim o mundo todo se abriu”, diz Tanisha Verdejo (© AP Images)

iCanConnect depende de equipamento existente. Mas cientistas da computação e empresários estão inventando mais ferramentas para abrir a rede mundial de computadores às pessoas deficientes.

Na Alemanha, especialistas estão desenvolvendo personagens animados on-line, avatares (página em inglês), que ajudarão pessoas surdas a usar a linguagem dos sinais para se comunicar on-line.

Uma pequena empresa (página em inglês) com escritórios na Austrália e no Reino Unido desenvolveu software para internet que permite que estudantes com deficiência auditiva leiam o que seus professores estão dizendo através de um tablet ou laptop.

Uma lei americana de 2010 exige que tecnologias da comunicação para a internet sejam acessíveis para pessoas com deficiências. O presidente Obama enalteceu a nova lei (transcrição de discurso em inglês), declarando que “os americanos com deficiências têm (…) o direito não somente de plena participação em nossa sociedade, mas também de amplas oportunidades.”