Desde 1949, membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) têm estado “decididos a unir seus esforços visando a defesa coletiva e a preservação da paz e da segurança”.Atualmente, a Otan possui 29 Aliados — Montenegro se tornou o mais novo membro da Otan em 5 de junho — todos comprometidos com o princípio de que um ataque contra um é um ataque contra todos.
A fim de cumprir efetivamente essa missão de defesa coletiva, os Aliados necessitam tanto de investimento como de capacidades. Isso significa investimento em sua própria defesa nacional e esforços contínuos para fortalecer suas capacidades defensivas. Quando todos os Aliados atingirem esse objetivo, todos seremos mais fortes e mais seguros juntos.
Uma promessa comum
Quando o presidente Donald J. Trump se reunir com seus homólogos da Otan em Bruxelas em 25 de maio, uma prioridade que estará no topo da agenda será assegurar que os Aliados invistam mais equitativamente em defesa.
Os Aliados da Otan já se comprometeram a fazê-lo. Em 2006, os Aliados concordaram investir 2% do PIB em defesa. Mas o investimento é apenas parte do cenário. É por isso que em 2014, na Cúpula do País de Gales, os Aliados prometeram se mobilizar no intuito de empregar 2% de seu PIB em defesa, com 20% desse total despendido para a compra de equipamentos importantes até 2024. A aquisição de equipamentos importantes, incluindo pesquisa e desenvolvimento relacionados, é o que desenvolve as capacidades da Otan.
Hoje, apenas cinco países cumprem a promessa de 2% — Estados Unidos, Estônia, Grécia, Polônia e Reino Unido. Os Aliados reconhecem a necessidade de fazer mais para atender as demandas de um ambiente de segurança que passou por mudanças. Romênia, Letônia e Lituânia estão em vias de cumprir a promessa de 2% até o final de 2018.
Autoridades americanas — o presidente Trump, o vice-presidente Mike Pense, o secretário de Estado Rex Tillerson e o secretário de Defesa James Mattis — todos enfatizaram o compromisso firme dos EUA em relação à Otan e à defesa coletiva, mas enfatizaram que os Aliados devem demonstrar um compromisso semelhante em cumprir a promessa feita no País de Gales.
Uma defesa coletiva
A Otan depende de tropas ou equipamentos contribuídos de forma voluntária pelos Aliados para as operações militares e suporte de custos coletivos que servem aos interesses de todos. Eles têm condições de contribuir com esses recursos quando investem suficientemente em sua defesa nacional.
[Gráfico em inglês]

As contribuições da Otan são apenas parte do esforço de defesa de um membro, mas elas fornecem os meios para que a Otan proteja o território da Aliança, apoie a luta contra o terrorismo e realize missões de ajuda emergencial e outras assistências humanitárias.
Os Estados Unidos estão empenhados com uma Otan forte e capaz. O presidente Trump, após de reunir com o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, em 12 de abril, afirmou que se os Aliados contribuírem com “sua parte justa (…) seremos todos mais seguros e nossa parceria será muito mais forte”.
Stoltenberg disse ao presidente: “Já estamos vendo os efeitos de seu foco forte na importância da partilha dos encargos na Aliança.”
“Agora viramos a página”, disse ele. “Em 2016, pela primeira vez em muitos anos, vimos um aumento nos gastos de defesa entre os Aliados europeus e o Canadá — um aumento real de 3,8%, ou US$ 10 bilhões a mais, para nossa defesa.”
Uma versão anterior deste artigo foi publicada em 22 de maio de 2017.