Edward Bushnell, empresário de Filadélfia da era industrial, revolucionou os esportes de inverno em 1850 ao introduzir uma lâmina de aço em uma bota comum. Isso permitiu que o patinador executasse giros, rodopios e outras manobras complexas no gelo. Ao final do século, a patinação artística foi apresentada ao movimento olímpico. A evolução da patinação como esporte e como forma de arte deve em grande parte aos Jogos Olímpicos.

A patinação artística começou em um verão

Dois patinadores de gelo em 1908 (© PA Images Archive/Getty Images)
A primeira competição olímpica de patinação artística ocorreu nos Jogos de Londres de 1908, 16 anos antes dos primeiros Jogos de Inverno. Acima estão a patinadora britânica Madge Syers e seu marido, Edgar, que ganharam o bronze na competição de duplas. Madge atraiu mulheres para a patinação artística competitiva quando participou do Campeonato Mundial de 1902 aproveitando uma brecha regulamentar: não havia nenhuma regra que impedisse mulheres de concorrer. Ela ficou em segundo lugar atrás de Ulrich Salchow, homônimo da clássica manobra de patinação artística. Salchow tinha tanta certeza de que a performance de Madge fora superior à dele que lhe ofereceu sua medalha de ouro. Madge conquistou sua própria medalha de ouro no evento feminino de patinação artística em 1908 (© PA Images Archive/Getty Images)

A inigualável Sonja Henie

Sonja Henie em posição agachada enquanto patina (© George Rinhart/Corbis/Getty Images)
A norueguesa Sonja Henie tinha apenas 15 anos em 1928, quando conquistou sua primeira de três medalhas de ouro olímpicas. Antes que suas vitórias consecutivas dessem origem ao apelido de “Rainha do Gelo”, Sonja era a mais nova da Olimpíada. Ao competir nos Jogos de Inverno de 1924, Sonja, 11, chegou em último lugar depois de parar várias vezes durante sua rotina para perguntar ao treinador o que fazer a seguir (© George Rinhart/Corbis/Getty Images)

Gillis Grafström conquista o ouro

Patinador de gelo em 1928 (© Gerhard Riebicke/ullstein bild/Getty Images)
Gillis Grafström da Suécia se prepara para completar sua tríade de vitórias olímpicas nos Jogos de Inverno de 1928 em St. Moritz, na Suíça. Ele continua sendo o único patinador do individual masculino a ganhar três medalhas de ouro sucessivas (© Gerhard Riebicke/ullstein bild/Getty Images)

A espiral da morte

Patinadores artísticos realizam a espiral da morte (© Staff/AFP/Getty Images)
Ludmila Belousova segura firme na mão de Oleg Protopopov ao realizar uma rotação com as costas arqueadas para baixo dentro da espiral da morte (ou espiral cósmica, nome que a dupla conferiu à técnica) durante os Jogos de Innsbruck de 1964. O casal soviético inventou três versões distintivas da espiral da morte com o apoio de uma mão, introduzidas pela primeira vez em duplas de patinação pelos canadenses Suzanne Morrow e Wallace Diestelmeyer na década de 1940 (© Staff/AFP/Getty Images)

Desenhos no gelo

Mulher executa coreografia de patinação no gelo para juízes (© Bettmann/Corbis/Getty Images)
O nome “patinação artística” se originou a partir das formas, ou desenhos, que as lâminas de aço dos patinadores deixavam no gelo, produzidos intencionalmente através de seus rodopios. Esses desenhos, ao invés do complexo trabalho de pés e rotações que associamos ao esporte hoje, eram a base da competição para os primeiros atletas olímpicos contemporâneos. Os juízes entravam na pista de gelo para avaliar os desenhos deixados por um patinador, como aqueles feitos pelo americano Tenley Albright nos Jogos de Inverno de 1956, mostrados aqui. Naquela época, a nota referente aos desenhos no gelo representava 40% da pontuação de um atleta. Esse quesito dos desenhos foi excluído em 1990 (© Bettmann/Corbis/Getty Images)

Derretendo corações

Patinadora de gelo sentada cobrindo as orelhas para se proteger do frio (© AP Images)
A patinadora americana Carol Heiss estava jubilosa antes da competição em Squaw Valley, Califórnia, durante os Jogos de Inverno de 1960. Em 1956, ela se tornou a primeira mulher a conquistar um “double axel” (duas voltas e meia no ar) na história olímpica, mas ficou em segundo lugar. Ela prometeu à sua mãe moribunda que retornaria em 1960 para conquistar o ouro, e conseguiu (© AP Images)

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A redatora freelance Emily Louise Bowman do ShareAmerica contribuiu com este artigo.