Os afro-americanos adquiriram o direito de votar, ao menos no papel, a partir do momento em que a 15ª Emenda  à Constituição foi ratificada em 1870. Entretanto, vários estados dos EUA encontraram maneiras de privar os eleitores negros de votar por meio de obstáculos, como impostos para votar e testes de alfabetização. Assédio e ameaças para manter os eleitores longe dos locais de votação eram comuns em alguns lugares.

Mas em 6 de agosto, os americanos comemoram o 50º aniversário da Lei de Direito ao Voto — que representa uma vitória duramente conquistada que permitiu aos eleitores negros finalmente exercer seus direitos democráticos.

Martin Luther King Jr. ajudou a liderar a luta popular para fazer valer os direitos de voto dos negros. Ele atraiu a atenção nacional para a luta com as marchas de 1965 de Selma a Montgomery no Alabama, que de maneira pacífica mas desafiadora demonstrou a determinação dos negros em votar, apesar da segregração e das leis estaduais racistas.

Em homenagem aos que marcharam em Selma, o presidente Obama afirmou em 7 de março: “Há 50 anos, registrar para votar aqui em Selma e em grande parte do Sul significava adivinhar o número de balas de goma no pote ou o número de bolhas em uma barra de sabão. Significava arriscar a dignidade e, às vezes, a vida.”

Logo cedo, o presidente Obama, à esquerda, vota para a eleição intercalar no Centro de Serviços Comunitários Martin Luther King em 20 de outubro de 2014, em Chicago (© AP Images)

Obama chamou a Lei de Direito ao Voto “uma das maiores conquistas de nossa democracia”. E disse que a história das relações raciais nos Estados Unidos “ainda lança sua longa sombra sobre nós”, mas a igualdade de direitos para as minorias, bem como para as mulheres e as pessoas LGBTI avançaram consideravelmente nos últimos 50 anos.

“Negar esses avanços, esses avanços duramente conquistados — nossos avanços — seria nos roubar nossas próprias ações, nossa própria capacidade, nossa responsabilidade de fazer o que pudermos para tornar os Estados Unidos um país melhor”, declarou Obama.