Pesquisadores americanos descobrem nova maneira de produzir plantas maiores

A fotossíntese contém a chave para o ar que respiramos e o alimento que ingerimos. É o processo pelo qual plantas e árvores verdes usam a luz solar para converter água e dióxido de carbono em açúcares que propiciam seu crescimento.

Mas não é tão eficiente quanto poderia ser.

Quatro cientistas da Universidade de Illinois relatam que criaram um atalho que permite que as plantas cresçam e, em última análise, possam produzir culturas em maior abundância.

A técnica que utilizaram, relatada na revista Science, não altera a fotossíntese, mas a torna mais eficiente. As plantas de tabaco nas quais ela foi testada em campo cresceram 40%. Os cientistas esperam fazer o mesmo com a soja, o arroz, a batata e outras culturas.

“Estamos ‘hackeando’ a fotossíntese”, diz a bióloga Amanda Cavanagh, pesquisadora de pós-doutorado da Universidade de Illinois e coautora do estudo.

Paul Scott, geneticista do Serviço de Pesquisa Agrícola (ARS), do Departamento de Agricultura (USDA), foi o principal autor do estudo de referência, realizado como parte de um projeto internacional, Alcançar uma Maior Eficiência Fotossintética* (Ripe, na sigla em inglês).

O Ripe promete fornecer acesso livre de royalties a seus avanços para agricultores na África Subsaariana e no Sudeste da Ásia. É financiado pela Fundação Bill & Melinda Gates, pela Fundação para a Pesquisa Alimentar e Agrícola criada nos EUA e pelo Departamento para o Desenvolvimento Internacional do Reino Unido.

Os Estados Unidos são líderes no aproveitamento de novas técnicas para o cultivo de culturas mais abundantes e mais resistentes a doenças.

* site em inglês