Pesquisas de Katalin Kariko resultaram na descoberta de vacinas contra a Covid-19

Mulher sorrindo (© BioNTech SE 2021, todos os direitos reservados)
As pesquisas de Katalin Karikó ajudou a criar grande parte da ciência por trás das novas vacinas contra a Covid-19 (© BioNTech SE 2021, todos os direitos reservados)

Por mais de 40 anos, a bioquímica Katalin Karikó pesquisou o RNA mensageiro sintético (ácido ribonucleico), ou mRNA um código genético.

A trajetória da vida de Katalin não foi fácil. Ela deixou a Hungria, seu país natal, em 1985 e se mudou para a Filadélfia com o marido e a filha de 2 anos. Porém, enquanto ela era contratada para cargos docentes, seus pedidos de bolsas para estudar o mRNA eram continuamente rejeitados.

Ela foi rebaixada e enfrentou o ceticismo de outros cientistas; no entanto, Katalin manteve seu foco no mRNA, explorando como as moléculas de cadeia simples do código genético poderiam tratar uma ampla gama de doenças desde derrame até câncer e também proteger contra a gripe, entre outras doenças.

A sorte de Katalin mudou em 1998, quando conheceu o imunologista Drew Weissman, professor de Medicina da Universidade da Pensilvânia, e os dois formaram uma parceria de pesquisa.

Assim, enquanto o mundo enfrentava a pandemia de coronavírus em 2020, o mRNA provou ser a chave para a criação das duas primeiras vacinas contra a Covid-19 autorizadas nos Estados Unidos.

Hoje, Katalin e Weissman são amplamente reconhecidos por seu trabalho inovador no desenvolvimento de métodos terapêuticos e vacinas de mRNA. Eles têm recebido prêmios por serem pioneiros de grande parte da ciência inerente às vacinas administradas a dezenas de milhões de pessoas em todo o mundo este ano.

Katalin, embora ainda trabalhe na Pensilvânia, é vice-presidente sênior da empresa alemã BioNTech, que se associou à Pfizer, empresa farmacêutica americana, para produzir sua vacina.

Tuíte:
ResearchAmerica: Parabéns à Dra. Katalin Karikó, vice-presidente sênior do grupo BioNTech, ganhadora do “Prêmio Construindo a Base” 2021! A Dra. Katalin, em colaboração com o Dr. Drew Weissman, desenvolveu a tecnologia do mRNA que abriu caminho para a vacina contra a Covid da Pfizer. Ciência básica como essa é crucial! #RAAwards @kkariko @BioNTech_Group #mRNA @pfizer #COVID19 #RAAwards @ResearchAmerica

Em dezembro, mais de 20 anos após o início da colaboração, ela e Weissman foram vacinados com uma primeira dose da vacina da Pfizer/BioNTech na Universidade da Pensilvânia.

Katalin disse recentemente ao jornal New York Post*: “Gosto do que tenho, de onde moro e do que faço. Nada vai mudar.”

Ela acorda às 5 da manhã todos os dias e trabalha em um laboratório no porão de sua casa, onde o marido também tem seu próprio espaço de trabalho. Como a maioria dos pais, eles citam a filha Susan Francia, duas vezes medalhista de ouro olímpico no remo como seu maior orgulho.

Katalin continua entusiasmada com os novos medicamentos que as tecnologias de mRNA conseguem propiciar. “Continuo acreditando em todas as suas possibilidades”, disse ela.

De acordo com a Universidade da Pensilvânia, dentre outras vacinas de mRNA em testes clínicos há aquelas para proteger contra HIV, herpes, vírus da zika, raiva e gripe.

* site em inglês