Pompeo pede às instituições de ensino superior americanas que defendam a liberdade acadêmica

Mike Pompeo falando em uma tribuna (© Jessica McGowan/Getty Images)
O secretário de Estado dos EUA, Michael R. Pompeo, pediu às instituições de ensino superior dos EUA que defendam a liberdade acadêmica em um discurso em 9 de dezembro na Georgia Tech (© Jessica McGowan/Getty Images)

O secretário de Estado dos EUA, Michael R. Pompeo, está pedindo às instituições de ensino superior americanas que se defendam contra o roubo de pesquisas e de outras ameaças à liberdade acadêmica por parte do Partido Comunista Chinês (PCC).

Discursando na Georgia Tech em Atlanta em 9 de dezembro, Pompeo alertou que o roubo de pesquisas cometido pelo PCC visando impulsionar suas Forças Armadas apresenta riscos para as instituições de ensino superior e para a segurança nacional dos Estados Unidos. Ele pediu a administradores, professores e alunos que tomem medidas a fim de bloquear as atividades malignas do regime nos campi.

“Os americanos devem saber como o Partido Comunista Chinês está prejudicando a reputação e a credibilidade de nossas instituições de ensino superior para seus próprios fins”, disse Pompeo. “Não podemos permitir que o PCC mine a liberdade acadêmica que tem abençoado nosso país e nos abençoado com grandes instituições.”

Ele pediu aos administradores de instituições de ensino superior em todo o país que analisassem o recebimento de financiamento estrangeiro para evitar influência financeira indevida e revisassem as atividades dos Institutos Confúcio no campus em que atuam. Os institutos atuam como centros culturais, mas têm promovido a propaganda e a censura advindas de Pequim nos Estados Unidos.

Pompeo também pediu aos estudantes que defendam a liberdade de expressão, observando que milhares de estudantes chineses que estudam nos Estados Unidos não têm esse direito quando voltam para casa.

Mike Pompeo fala com outro homem; ambos sentados em poltronas (© John Bazemore/AP Images)
O presidente da Georgia Tech, Ángel Cabrera (à esquerda), fala com o secretário de Estado, Michael R. Pompeo, em 9 de dezembro em Atlanta (© John Bazemore/AP Images)

Aproximadamente 400 mil estudantes saem da China* para estudar nos Estados Unidos a cada ano, disse Pompeo. Eles procuram desfrutar da liberdade acadêmica que tornou as instituições de ensino superior dos EUA focos de inovação.

“Os cientistas [do PCC] não são pioneiros na cura do câncer. Nós somos. E não são os bioquímicos norte-coreanos que estão produzindo vacinas seguras contra a Covid. Nós estamos. E os iranianos não estão à frente em supercomputação. Não. Na verdade, nós estamos. É o mundo livre e são os povos livres que produzem esses resultados superiores.”

Enquanto recorre à ajuda de instituições de ensino superior dos EUA, Pompeo disse que o governo dos EUA também está bloqueando o roubo de pesquisas e outros comportamentos malignos cometidos pelo PCC.

Em agosto, o Departamento de Estado dos EUA designou a rede dos Institutos Confúcio com sede em Washington como uma missão estrangeira da República Popular da China, exigindo relatos como requisitos a fim de ajudar as instituições de ensino superior a avaliar melhor as atividades dos institutos em seus campi.

Autoridades dos EUA prenderam agentes do Exército de Libertação Popular que se passaram por pesquisadores em instituições de ensino superior dos EUA. E também notificaram os administradores das instituições de ensino superior sobre os riscos, por meio de suas doações, de influência e exposição do PCC* às violações dos direitos humanos do regime contra os uigures na província de Xinjiang.

* site em inglês