O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, homenageou seis pessoas por sua incansável defesa da liberdade religiosa em uma cerimônia durante a Reunião Ministerial para o Avanço da Liberdade Religiosa em Washington.
“Elas arriscaram sua própria reputação, seu conforto pessoal, seu próprio bem-estar e, em alguns casos, até mesmo a vida para ajudar pessoas desconhecidas, muitas das quais cultuam religiões diferentes das suas”, disse Pompeo em 17 de julho. Confira suas histórias:

Mohamed Yosaif Abdalrahan, Sudão
Mohamed Yosaif Abdalrahan defende as minorias religiosas do Sudão como advogado e ativista na Iniciativa Direitos Humanos Sudaneses. Integrante da maioria muçulmana do Sudão, ele defende proteções legais mais fortes para comunidades religiosas minoritárias e as ajuda a interpretar o sistema judiciário do país. “Minha defesa da liberdade religiosa no Sudão é o mínimo que posso fazer”, disse ele.

William e Pascale Warda, Iraque
William e Pascale Warda, do Iraque, fundaram em 2003 a Organização de Direitos Humanos Hammurabi, organização sem fins lucrativos e apolítica que monitora violações de direitos humanos no Iraque. A organização tem documentado atrocidades cometidas pelo Estado Islâmico contra yazidis, cristãos e outras minorias. “A solução para o nosso mundo é a caridade e o amor”, disse Pascale. “Somos chamados para fazer diferença.”

Ivanir dos Santos, Brasil
Ivanir dos Santos é um babalaô do Candomblé, religião afrodescendente no Brasil que é alvo frequente de discriminação e ataques físicos no país. Ele é o fundador da Comissão de Combate à Intolerância e do Centro de Articulação das Populações Marginalizadas, ambos voltados para ajudar grupos vulneráveis. Santos reúne milhares de pessoas de todas as crenças religiosas em eventos como a Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, realizada no Rio de Janeiro.

Salpy Eskidjian Weiderud, Chipre
Salpy Eskidjian Weiderud, do Chipre, é responsável por arquitetar uma iniciativa de construção da paz no Chipre, denominada Histórico Religioso do Processo de Paz do Chipre. Ela é diretora-executiva desde 2012. Há quase 30 anos, ela trabalha com instituições religiosas na Europa e no Oriente Médio para promover o entendimento inter-religioso.
Abubakar Abdullahi, Nigéria
Abubakar Abdullahi, da Nigéria, arriscou a vida em 2018 quando interveio para salvar 262 cristãos e pessoas de outras crenças religiosas. Em uma mesquita e em sua casa localizada ao lado da mesma, o imã abrigou centenas de fugitivos de pastores étnicos fulanis que os atacavam. Quando o vice-presidente nigeriano, Yemi Osinbajo, elogiou suas ações em maio, Abdullahi disse: “Deus criou a humanidade de forma diferente, mas Ele quer que vivamos juntos em paz e harmonia, sem prejudicar uns aos outros.” (Abdullahi não pôde comparecer à cerimônia de premiação.)