Há dois anos, Reham Dibas queria lançar um site para ajudar os estudantes na Cisjordânia a encontrar dormitórios, mas a jovem palestina não sabia como começar.
Reham está bem-encaminhada com a ajuda de uma rede de organizações sem fins lucrativos locais chamada Educação para o Emprego* que proporciona aos jovens o know-how para abrir seus próprios negócios.
“A melhor coisa sobre este programa é que ele nos mostrou como começar do zero, como elaborar um plano de negócios”, afirmou Reham.
O empreendedorismo está florescendo no Oriente Médio, onde cerca de metade da população tem menos 25 anos e o emprego para jovens está em torno de 30%*.
“Se você não conseguir encontrar um emprego, o que vai fazer? Vai abrir seu próprio negócio, quer seja um pequeno quiosque ou um empreendimento de TI”, afirmou Vincent DeSomma da Amideast**, outra ONG baseada nos EUA que tem uma parceria ativa com jovens árabes.
“Não há espaço suficiente de um setor público ou um setor privado existente para absorver todas essas pessoas, particularmente os jovens que estão concluindo os estudos”, disse ele.
Os principais executivos do Oriente Médio entrevistados*** pela Escola de Administração de Empresas de Londres em 2015 descreveram o crescimento do empreendedorismo regional esmagadoramente como “estável, rápido ou muito rápido”, mas o caminho para o empreendedores no Oriente Médio é muitas vezes instável. Dentre os obstáculos que eles enfrentam está conseguir financiamento e investidores para apoiar as start-ups.

Aprender como escrever um plano de negócios atraente é crucial para adquirir fundos para start-ups, afirmou Ranya Saadawi da Educação para o Emprego* (EFE, na sigla em inglês), a organização que está ajudando Reham.
Além dos planos de negócios, Ranya afirmou, a EFE fornece “kits físicos” para empreendedores lançarem sua ideia. “Para os mecânicos, daremos a eles ferramentas e os ajudaremos a encontrar um espaço para alugar.”
Um programa da Amideast chamado Habilidades para o Sucesso**** oferece a mulheres que não possuem diploma universitário as habilidades necessárias para empregos que estão disponíveis em suas comunidades.
Essas ONGs também ajudam novos microempresários a driblar a burocracia ao conectá-los diretamente com autoridades governamentais.
“A maioria dessas pessoas, sem de fato saber o que um plano de negócios é, elas já desenvolveram um plano de negócios”, afirmou Ranya. “Estamos apenas proporcionando a elas os termos e as ferramentas” para tomar o próximo passo.
* site em inglês e dois idiomas asiáticos
** site em inglês, francês e árabe
*** site em inglês e árabe
**** site em inglês