Os imigrantes que se mudam para os Estados Unidos estão se integrando à sociedade americana tão rápido e tão amplamente como jamais visto, de acordo com um estudo recente* feito pelas Academias Nacionais de Ciências, Engenharia e Medicina.
É mais do que simplesmente obter a cidadania americana. Os imigrantes recém-chegados estão conquistando marcos como casa própria, proficiência em língua inglesa, educação e diversidade de emprego tão rápido que seus filhos estão alcançando níveis de educação e emprego compatíveis com os filhos de pais que nasceram nos EUA.
Bobby Jindal e Nikki Haley, filhos de imigrantes do Sul da Ásia, são governadores de seus estados. O presidente Obama, filho de um imigrante queniano, detém o mais alto cargo no país. Mais de 40% das empresas da Fortune 500 foram fundadas por americanos de primeira ou segunda geração.
Existe algum tipo de “ingrediente secreto” em ação que acelera o processo de “se tornar americano”? Talvez. De acordo com Mary C. Waters, professora de sociologia na Universidade de Harvard, há “várias vantagens americanas específicas*”.
- As leis de cidadania do direito inato significam que qualquer pessoa nascida nos Estados Unidos se torna automaticamente um cidadão, com os mesmos direitos e responsabilidades de uma pessoa cujas raízes remontam a gerações.
- O sistema educacional dos EUA é flexível o suficiente que as crianças podem começar a estudar sem ter o domínio do inglês ou sem possuir o mesmo nível educacional de seus pares. O sistema é projetado para ajudá-las a se recuperar o mais rápido possível a fim de obter o seu diploma de ensino médio.
- Os imigrantes ilegais não enfrentam as mesmas barreiras para adentrar o mercado de trabalho existentes em outros países. As leis trabalhistas e a economia têm ajudado a criar empregos para iniciantes que os incentiva a iniciar a sua integração econômica imediatamente.
- As práticas de direitos civis como as ações afirmativas e as leis que proíbem a discriminação e promovem a diversidade também ajudam os imigrantes a se tornarem rapidamente incluídos no mercado de trabalho e a serem aceitos em universidades.
É verdade que as famílias de imigrantes se transformam como parte do processo de “se tornar americanas”. Cerca de 85% dos americanos nascidos no exterior falam um idioma diferente do inglês em casa. Majoritariamente, seus filhos se tornam fluentes em inglês, e ao chegar a terceira geração, o inglês é o idioma principal.
Porém, durante o processo, os imigrantes estão transformando os Estados Unidos, em um âmbito local e muito além. O futebol se tornou um esporte com uma liga principal; a salsa picante de tomate agora vende mais do que o ketchup; e o bagel se tornou mais americano do que o donut.
No passado, os Estados Unidos eram descritos como um “caldeirão cultural”, onde os imigrantes eram de alguma maneira absorvidos pela cultura dominante. É realmente mais como uma sopa, com muitos ingredientes agindo em conjunto para enriquecer o molho básico.
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