O presidente Trump promete derrotar a Covid-19 e exorta as Nações Unidas a responsabilizar a República Popular da China pelo papel que desempenhou na disseminação precoce do vírus, provocando uma pandemia global.
Em pronunciamento à Assembleia Geral das Nações Unidas* em 22 de setembro, Trump disse que, com o apoio dos Estados Unidos, três potenciais vacinas contra a Covid-19 estão nos estágios finais de teste e que os EUA estão fabricando doses com antecedência.
“Vamos distribuir uma vacina, derrotar o vírus, acabar com a pandemia e entrar em uma nova era de prosperidade, cooperação e paz sem precedentes”, disse ele.
Os EUA já alocaram US$ 20,5 bilhões para o desenvolvimento de vacinas e métodos terapêuticos, esforços de preparação e outras ajudas estrangeiras, incluindo a distribuição de respiradores vitais para países em todo o mundo.
O presidente também destacou os fracassos da China em sua resposta ao surto, observando que líderes chineses bloquearam viagens dentro das próprias fronteiras do país enquanto “permitiam que voos saíssem da China e infectassem o mundo”. Também criticaram as restrições de entrada que os EUA impuseram a viajantes que estiveram na China.
“Devemos responsabilizar a nação que desencadeou essa praga no mundo: a China”, disse Trump.
Trump culpou a Organização Mundial da Saúde por reproduzir as alegações do Partido Comunista Chinês em janeiro de que não havia provas de propagação do vírus de pessoa para pessoa.
E pressionou líderes mundiais a abordar uma ampla gama de condutas impróprias por parte da RPC, incluindo a poluição de cursos d’água com o lançamento milhões de toneladas de plásticos, a pesca excessiva nas águas de outras nações e a emissão de mais mercúrio na atmosfera do que qualquer outro país do mundo.
Ele incentivou as Nações Unidas a enfrentar os desafios, incluindo trabalho forçado e perseguição religiosa. O Partido Comunista Chinês mantém em campos de internamento mais de 1 milhão de uigures e membros de outras minorias étnicas na região ocidental de Xinjiang e realiza campanhas de esterilização forçada e trabalho forçado contra minorias religiosas na região, de acordo com relatórios.
Os Estados Unidos continuam defendendo os direitos humanos e promovendo a paz, disse Trump.
Ele mencionou sucessos recentes, incluindo parcerias dos EUA com Guatemala, El Salvador, Honduras e México visando impedir o contrabando de pessoas, e o apoio contínuo ao povo da Venezuela em sua busca por democracia.
Novos acordos que os Emirados Árabes Unidos e Bahrein firmaram para normalizar os laços com Israel podem servir de modelo para futuros acordos de paz no Oriente Médio, disse ele.
Trump intermediou os acordos de normalização e disse à Assembleia Geral da ONU que prevê acordos semelhantes em um futuro próximo.
“Nunca estive mais otimista quanto ao futuro da região”, disse Trump. “Não há sangue na areia. Aqueles dias, espera-se, acabaram.”
* site em inglês