O sistema de ensino superior dos EUA causa inveja no mundo, e oferece aos estudantes diplomas que abrem portas para uma infinidade de carreiras. Mas o ensino superior não é a única maneira de conseguir um bom emprego. Na verdade, muitos empregadores lamentam que não conseguem encontrar talento suficiente para preencher cargos no setor de alta tecnologia, com salários elevados e que não exigem diplomas universitários.
É aqui que entram os programas de aprendizagem. O presidente Trump está lançando um novo esforço para incentivar que indústrias e escolas criem mais programas de capacitação em que os alunos recebam um salário enquanto aprendem essas habilidades no emprego e em sala de aula.
Quando o presidente se reuniu com a chanceler alemã, Angela Merkel*, em março na Casa Branca, ele exaltou o sistema de programas de aprendizagem alemão, amplamente considerado o melhor do mundo e uma das razões por que a Alemanha desfruta de um baixo índice de desemprego entre jovens.
“O modelo de programa de aprendizagem da Alemanha é comprovadamente um dos que desenvolvem uma força de trabalho altamente qualificada”, disse o presidente em março. “A Alemanha tem sido incrível nesse aspecto”, afirmou ele, agradecendo líderes empresariais americanos e alemães que haviam lançado recentemente programas bem-sucedidos nos Estados Unidos.

“Os Estados Unidos não devem apenas ensinar, mas celebrar a existência de trabalhadores qualificados que produzem e mantêm as maiores máquinas do mundo, os edifícios, os produtos e a infraestrutura, as inovações que melhoram nossa qualidade de vida, ajudam a nos manter seguros e têm o poder de inspirar admiração e fascínio”, declarou o presidente Trump em 13 de junho, quando visitou uma linha de produção modelo de uma fábrica na Faculdade Técnica do Condado de Waukesha em Pewaukee, Wisconsin.
Outros países que oferecem programas de aprendizagem para adolescentes que levam a bons empregos incluem Austrália, Áustria, Dinamarca, França, Suíça, Turquia e Reino Unido. Dos jovens suíços, 70% segue a rota da aprendizagem, de acordo com o Relatório Hechinger, um boletim educacional.
A Rede Global de Aprendizagem* — coalizão de empresas como IBM, Microsoft, UBS, Accenture e Telefonica; organizações internacionais; e federações trabalhistas e empresariais — tem filiais em quase uma dúzia de países, incluindo Argentina, Colômbia, Indonésia, Malawi e Tanzânia.
O secretário do Trabalho dos EUA, Alexander Acosta, disse a jornalistas no dia 12 de junho que o programa do governo estará voltado para todos os setores e todos os empregos, com ênfase na promoção de parcerias público-privadas entre a indústria e as instituições educacionais.
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