
Presos políticos no Continente Americano continuam a ser tratados de forma desumana.
“Governos estão prendendo mais quem os critica em seus países”, disse o secretário de Estado, Antony Blinken, em 12 de abril, ao anunciar os Relatórios sobre Práticas de Direitos Humanos por País*, divulgados anualmente, pelo Departamento de Estado. “Hoje, mais de um milhão de presos políticos estão detidos em mais de 65 países.”
O regime de Ortega-Murillo, na Nicarágua, mantém atualmente mais de 220 presos políticos, incluindo ex-funcionários do governo, jornalistas, estudantes, defensores dos direitos humanos, clérigos e candidatos presidenciais da oposição. Os advogados de dois dos prisioneiros dizem que estes estão sujeitos aos “piores tipos de abusos dos direitos humanos”, segundo a Reuters*.

Segundo organizações não governamentais em Cuba, o governo tem mais de mil presos políticos — 700 dos quais estiveram envolvidos nos protestos de 11 de julho de 2021. Muitos, incluindo alguns que eram menores de idade na época dos protestos, foram condenados a até 25 anos de prisão por “crimes” como sabotagem, sedição e desordem pública.
Na Venezuela, o regime de Maduro tem mais de 240 presos políticos presos na mal afamada prisão “El Helicoide”, onde o Observatório dos Direitos Humanos* afirma que os prisioneiros políticos “passam por torturas horríveis, incluindo choques elétricos, afogamento simulado e violência sexual”.
Autoridades do regime de Maduro prenderam Gabriel Blanco, ativista sindical e de direitos humanos, sob acusações de terrorismo por seu trabalho na Venezuela.
Segundo o El Nacional, um mandado de prisão assinado pelo juiz pró-Maduro José Márquez García, em Caracas, acusa Blanco de terrorismo e associação criminosa.

Em defesa de presos políticos em todo o mundo
A fim de ajudar a libertar prisioneiros políticos, os Estados Unidos:
- Responsabilizam os regimes através da imposição de sanções e restrições de vistos a funcionários do governo e outras pessoas físicas e jurídicas responsáveis por minar a democracia ou que participam desse ato.
- Colaboram com a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, o Conselho de Direitos Humanos da ONU e outras instituições multilaterais com o intuito de pressionar os regimes a libertar imediata e incondicionalmente os presos políticos.
- Apoiam a população de Cuba, Nicarágua e Venezuela que continua a mostrar seu compromisso com um futuro melhor.
“Pessoas de todas as nacionalidades, raças, gêneros, idades e com deficiência fazem jus aos direitos [humanos], independentemente de suas crenças, de quem amam ou de qualquer outra característica”, disse o secretário Blinken.
* site em inglês