A prisão de San Quentin, perto de São Francisco, é notável por várias razões. É a mais antiga penitenciária do estado da Califórnia, tendo sido inaugurada em 1852. É uma das poucas prisões em todo o mundo com um jornal produzido pelos detentos. E agora está ensinando os presos como codificar, em um curso que se acredita ser o primeiro do tipo em uma prisão americana.

Descrito como campo de treinamento de codificação em um perfil de revista Fast Company, Código 7370 está pilotando sua primeira turma através dos conceitos básicos de HTML, CSS e Javascript.
Durante quatro dias por semana, 18 detentos se reúnem com professores talentosos para criar tudo a partir de um jogo da velha para um site em funcionamento.
O objetivo? Que até o final do curso de seis meses os detentos terão a aptidão de codificação para conseguir um emprego de nível básico de desenvolvimento da web.
Mas como a maioria das coisas na vida, essa meta é mais fácil dita do que feita.
Talvez o desafio mais original é que muitos detentos no Código 7370 estiveram detidos em San Quentin durante a revolução tecnológica das últimas duas décadas. O termo smartphone não significa nada para eles. Twitter (“piu-piu” em inglês) ainda é apenas um som que pássaros emitem. Para alguns, é a primeira vez que usaram até mesmo um computador.
Para muitos em San Quentin, uma questão primordial é: “O que é que eu vou fazer quando eu sair da prisão?” Para aqueles estão adquirindo as habilidades em demanda do Código 7370, a resposta pode ser óbvia.

A alfabetização digital é um caminho cada vez maior para o sucesso no século 21. Para os alunos que nunca se envolveram em codificação básica, poderão mergulhar e codificar por uma hora durante a Semana Nacional de Educação em Ciência da Computação 2014 nos Estados Unidos (8-14 dezembro). Os estudantes em todo o mundo estão convidados a participar.