Algumas das espécies que mais correm risco de perigo de extinção do planeta receberam algumas tão esperadas boas notícias em 2016. Governos e defensores do mundo inteiro trabalharam juntos para encontrar maneiras de conservar a vida selvagem, aumentar as populações e reduzir a caça ilegal.
Confira alguns dos progressos realizados ao longo do ano passado:
Pandas gigantes não estão mais em “perigo de extinção”, mas ainda estão “vulneráveis”

Em setembro, um proeminente grupo internacional reclassificou o panda gigante como “vulnerável”, tirando o animal da lista de animais “em perigo de extinção”, graças a décadas de esforços de conservação, novas pesquisas e iniciativas por parte do governo chinês para proteger este amado animal preto e branco.
A União Internacional para a Conservação da Natureza advertiu que “é fundamentalmente importante que a essas medidas de proteção sejam mantidas*”. O grupo também alertou que as mudanças climáticas poderiam destruir o hábitat do bambu, o alimento favorito do panda, revertendo quaisquer ganhos.
Elefantes podem se recuperar com medidas contra a caça ilegal

Embora o número de elefantes da savana africana esteja sofrendo um rápido declínio, regulamentos de combate à caça ilegal e novas leis estão ajudando a proteger o elefante e, em alguns lugares, a aumentar as populações.
Uganda, por exemplo, agora conta com quase 5 mil elefantes após ter tido menos de 800 na década de 1980. A população de elefantes duplicou desde 2003 no Parque Transfronteiriço W, área protegida compartilhada por Níger, Burkina Fasso e Benin.
Em julho de 2016, os Estados Unidos promulgaram uma proibição quase total do comércio interno de marfim de elefante. Esse esforço restringirá a demanda em um dos maiores mercados de marfim ilegal.
A tecnologia voltada para a vida selvagem recebe uma atualização

O ano de 2016 mostrou o lado da alta tecnologia da conservação. Competições internacionais, como o Desafio Tecnológico contra o Crime à Vida Selvagem* e a maratona de hackers em zoológico, mais conhecida como “Zoohackathon”, reuniram as melhores e mais brilhantes equipes de “geeks” (entusiastas de tecnologia) para encontrar soluções criativas para os maiores desafios enfrentados pela vida selvagem.
Algumas ideias que surgiram: um aplicativo para smartwatches (relógios inteligentes) que permite que os usuários denunciem o tráfico de vida selvagem, e ferramentas forenses que ligam o caçador clandestino detido portando um chifre de rinoceronte com um DNA de rinoceronte específico, tornando assim mais fácil processar o caçador clandestino.
Patrulha do pangolin

Em uma reunião de outubro da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção, conhecida como Cites**, governos proibiram todo o tipo de comércio de pangolim, o mamífero mais traficado do mundo.
Na mesma conferência, o popular papagaio-cinza africano ganhou também a proteção contra o comércio global. Esses pássaros são considerados animais domésticos porque conseguem imitar a fala humana.
* site em inglês
** site em inglês, francês e espanhol