O caminho para Nan Madol termina onde as árvores encontram a água. Mais além de um pequeno canal, a antiga cidade de pedra se eleva do mar. Mas o local precisa de apoio para garantir que seus imponentes muros inspirem os visitantes dos Estados Federados da Micronésia pelas próximas gerações.
Este ano, o Departamento do Interior dos EUA anunciou quase US$ 1 milhão em subvenções de preservação histórica para locais na Micronésia, Palau e Ilhas Marshall. E o Departamento de Estado dos EUA concedeu US$ 375 mil com o objetivo de proteger Nan Madol.
“As noventa e nove ilhas de Nan Madol representam um tesouro cultural, mas estão ameaçadas pelo crescimento excessivo”, disse Robert Riley, embaixador dos EUA na Micronésia. Ele disse que o grande projeto de restauração pode fazer retroceder a vegetação e permitir um melhor acesso de historiadores e turistas.

O complexo de Nan Madol é relativamente desconhecido fora desse país na Micronésia. Estruturas de pedra — templos, altares, palácios e túmulos — ficam no topo de um recife. Enquanto os edifícios parecem flutuar entre canais que se conectam, cada pedra pesa quase 50 toneladas métricas. A cidade era a sede da dinastia Saudeleur da ilha de Pohnpei, que governou a ilha por meio milênio. Seus locais cerimoniais e habitações são testemunho de uma rica religião e cultura.
A subvenção do Departamento de Estado permite que os cientistas mapeiem as estruturas a fim de entender como a vegetação está conectada com a arquitetura do local. “Um objetivo secundário é ver se existem outros locais enterrados no subsolo ou sob vegetação que foram perdidos, como foi encontrado em Petra”, disse Riley, referindo-se à cidade de pedra na Jordânia.
Construindo uma base sólida
Junto com a Ilha de Páscoa, Nan Madol é o principal sítio arqueológico da Oceania, com obras de pedra gigante. A Unesco a reconheceu como Patrimônio da Humanidade em 2016.

“Cada vez que vou, fico impressionado com várias coisas — a grandiosidade do local, a complexidade da engenharia e as pedras maciças de até 50 toneladas que foram de alguma forma transportadas para o local e instaladas de forma ajustada e de acordo com um design de engenharia preciso”, disse Riley. “E tudo isso em uma pequena ilha no meio do Pacífico!”
Desde 1986, os Estados Unidos forneceram mais de US$ 2,5 bilhões para os Estados Federados da Micronésia. Esse apoio, para infraestrutura, saúde, educação e preservação cultural, ajudou a Micronésia a florescer.
“Os EUA e a [Micronésia] embarcaram nesta jornada juntos há muitos anos após a Segunda Guerra Mundial”, disse Doug Domenech, do Departamento do Interior dos EUA. Os dois Estados “continuarão trabalhando em prol dos objetivos mútuos do Pacto de Livre Associação para promover o avanço econômico, a autossuficiência orçamentária e a autossuficiência econômica”, disse ele.