Existe apenas um oceano global — uma vasta massa d’água que cobre 71% da Terra. Esse oceano está geograficamente dividido em cinco bacias oceânicas: Atlântico, Pacífico, Índico, Ártico e Antártico.
Um planeta saudável precisa de um oceano saudável. A interdependência das cinco bacias e a dependência do homem em relação ao meio marinho será destacada no dia 8 de junho, no Dia Mundial dos Oceanos 2022*, com o tema “Revitalização: ação coletiva pelo oceano.”
Listados abaixo estão cinco ameaças interconectadas que representam os maiores desafios para a saúde dos oceanos, junto com medidas para lidar com cada um desses problemas:
Mudanças climáticas

A crise climática também é uma crise oceânica. O oceano já absorveu de 20% a 30% das emissões de dióxido de carbono causadas pelo homem desde os anos 1980. E mais de 90% do aquecimento que aconteceu na Terra durante os últimos 50 anos ocorreu no oceano.
À medida que os oceanos absorvem mais calor e dióxido de carbono, a temperatura da superfície do mar, o nível do mar e a acidificação dos oceanos aumentam. Isso pode agravar os danos causados por tempestades e inundações, danos às espécies marinhas e perda de biodiversidade.
Os EUA apoiam os esforços visando alcançar emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050 a fim de proteger os oceanos. As formas baseadas no oceano para ajudar a descarbonizar incluem aumentar a energia renovável offshore, reduzir as emissões de navios e portos, e restaurar “ecossistemas de carbono azul” costeiros — como manguezais e ervas marinhas — que não apenas capturam e armazenam dióxido de carbono, mas também protegem o litoral.
Pesca insustentável

Os peixes fornecem nutrição para mais de três bilhões de pessoas e garantem o sustento de 12% da população mundial. Mas mais de um terço dos estoques de peixes do oceano estão sendo pescados além dos níveis sustentáveis.
A sobrepesca pode afetar ecossistemas inteiros, esgotando os estoques de peixes e colocando em risco espécies vulneráveis como as tartarugas marinhas. A sobrepesca ameaça os meios de subsistência de longo prazo dos pescadores.
Os Estados Unidos defendem a criação de regras cooperativas baseadas na ciência a fim de garantir que a pesca seja sustentável a longo prazo. Os EUA também trabalham para reduzir a “captura acidental” de outras vidas marinhas junto com as espécies-alvo. Por exemplo, os EUA exigem que o camarão importado de outros países não seja capturado de maneiras que também prejudiquem as tartarugas marinhas ameaçadas de extinção.
Pesca ilegal, não declarada e não regulamentada

Um dos maiores desafios que a pesca internacional enfrenta é a pesca ilegal, não declarada e não regulamentada (INN). Essa prática custa ao mundo dezenas de bilhões de dólares a cada ano. E prejudica as comunidades costeiras que dependem da pesca sustentável para obter renda e alimentos.
As operações de pesca INN podem envolver atividades criminosas como lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e tráfico de pessoas — incluindo trabalho forçado.
Os Estados Unidos trabalham em estreita colaboração com outros países para combater a pesca INN e estão trabalhando para criar regras internacionais que possam ajudar os países a monitorar e controlar seus navios de pesca e suas águas. Os EUA querem fortes programas multilaterais e padrões definidos — como o Acordo sobre Medidas do Estado do Porto — que aumentam a supervisão de frutos do mar no comércio e evitam que peixes pescados irregularmente entrem no mercado.
Poluição

Cientistas estimam que haja mais de 136 milhões de toneladas de poluição por plástico no oceano, com mais sete milhões de toneladas adicionadas a cada ano. Isso equivale a um caminhão de lixo cheio de poluição de plástico entrando no oceano a cada minuto!
Uma vez na água, o plástico nunca se biodegrada totalmente. Ele pode ser ingerido por peixes, aves marinhas, tartarugas e mamíferos marinhos, que estão sujeitos também a ficar presos em redes de pesca e outros detritos plásticos.
Os Estados Unidos cuidam da gestão de resíduos sólidos para reduzir o lixo marinho no litoral americano e ajudam outros países a melhorar o que é feito com o lixo, incluindo encontrar maneiras de impedir que equipamentos de pesca abandonados entrem no oceano. Os EUA também realizam pesquisas e promovem a inovação a fim de reduzir a presença de dejetos plásticos nos oceanos.
Diminuição da biodiversidade marinha

Com a vida marinha sob ameaça, é importante estabelecer áreas marinhas protegidas, que podem resguardar a biodiversidade e hábitats críticos, apoiar a pesca, capturar e armazenar carbono, e aumentar a resiliência dos oceanos.
Os Estados Unidos estabeleceram uma meta de conservar 30% das terras e das águas dos EUA até 2030. Embora a maioria das áreas que precisam de conservação esteja mais perto do litoral, também há áreas de alto mar — como as águas ao redor da Antártica — que merecem proteção. Os EUA continuam a apoiar as áreas marinhas protegidas no Oceano Antártico e em outras partes do globo.
* site em inglês
Este artigo foi publicado anteriormente em 3 de junho de 2021.