Proteger a liberdade religiosa: uma prioridade para os EUA

A promoção da liberdade religiosa em todo o mundo é uma grande prioridade para os Estados Unidos — e um desafio. Em muitos países, as pessoas são perseguidas e presas por suas crenças religiosas.

É isso o que torna o Relatório sobre Liberdade Religiosa Internacional do Departamento de Estado tão significativo. Divulgado anualmente, ele monitora a liberdade religiosa.

“Considerando nossas próprias grandes liberdades, é uma responsabilidade distintamente americana defender o credo na praça pública de todas as nações”, disse o secretário de Estado, Mike Pompeo*, em 21 de junho, durante a publicação do relatório de 2018.

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Papa Francisco, Mohammed bin Zayed Al Nahyan, Mohammed bin Rashid Al Maktoum (© Kamran Jebreili/AP Images)
Os Emirados Árabes Unidos receberam o papa Francisco no início de 2019, a primeira visita de um papa à Península Arábica (© Kamran Jebreili/AP Images)

O Relatório sobre Liberdade Religiosa Internacional* monitora violações em todo o mundo, mas também cita desenvolvimentos positivos, como os seguintes em 2018:

  • O Uzbequistão aprovou um “mapa” de liberdade religiosa que flexibiliza restrições e libertou prisioneiros religiosos.
  • A Suprema Corte do Paquistão absolveu a cristã Asia Bibi, acusada de blasfêmia. Ela passou oito anos no corredor da morte.
  • A Turquia, a pedido do presidente Trump, libertou o pastor Andrew Brunson, que havia sido preso por praticar sua religião.

“Saudamos todos esses vislumbres de progresso, mas exigimos muito mais”, disse Pompeo.

Uma série arrepiante de violações

A China é um país onde aqueles que praticam religião geralmente estão desprotegidos. “A intensa perseguição do governo a pessoas de muitas religiões — praticantes da meditação Falun Gong, cristãos e budistas tibetanos entre eles — é a norma”, disse Pompeo.

A China continua a deter em campos de internamento pelo menos 1 milhão de uigures, cazaques étnicos, quirguizes e outros muçulmanos em Xinjiang contra a sua vontade. Nesses campos, as pessoas são forçadas a renunciar a suas identidades étnicas, crenças religiosas e práticas culturais.

O secretário ressaltou que há uma seção especial no relatório deste ano que documenta as violações em Xinjiang.

Mulher com lenço de cabeça e agasalho pretos (© Lefteris Pitarakis/AP Images)
Uigures em Istambul protestam contra violações do governo chinês, que tem como alvo muçulmanos uigures em sua terra natal, a província chinesa de Xinjiang (© Lefteris Pitarakis/AP Images)

No Irã, centenas de sufistas gonabadi foram presos em 2018. Cristãos, judeus, muçulmanos sunitas, bahá’ís, zoroastristas e outros membros de grupos religiosos minoritários também são vítimas de violações no país. Os muçulmanos rohingyas continuam a enfrentar a violência nas mãos de militares birmaneses.

No Afeganistão, não muçulmanos e muçulmanos sunitas, que não concordam com as interpretações extremistas do Islã, foram mortos por grupos ligados ao Talibã e ao Estado Islâmico.

“Como nos anos anteriores, nosso relatório expõe uma gama assustadora de violações cometidas por regimes opressivos, grupos extremistas violentos e cidadãos comuns”, disse Pompeo.

“O Departamento de Estado divulga o relatório anualmente de acordo com a Lei de Liberdade Religiosa Internacional de 1998.

Reunião ministerial sobre liberdade religiosa 2019

O lançamento do relatório, que acontecerá em meados de julho, também forneceu informações para a segunda Reunião Ministerial para o Avanço da Liberdade Religiosa, que é realizada anualmente. Pompeo chamou a reunião do ano passado de “impressionante demonstração de união — pessoas de todas as religiões que defendem o mais básico de todos os direitos humanos”.

O embaixador-geral para a Liberdade Religiosa, Sam Brownback, disse: “Acreditamos que não há momento mais importante para os Estados Unidos promoverem a liberdade religiosa do que agora.”

Uma versão deste artigo foi publicada anteriormente em 24 de junho de 2019.

* site em inglês