Apenas oito nações margeiam o Oceano Ártico, mas o mundo todo tem a responsabilidade de proteger, respeitar e cultivar a região. O secretário de Estado, John Kerry, disse que “Um Ártico” será o tema norteador da presidência americana do Conselho do Ártico nos próximos dois anos.

Em reunião do conselho em 24 de abril em Iqaluit, território de Nunavut, no Canadá, Kerry disse que a presidência americana do Conselho do Ártico será dedicada a estas metas:
- Tratar dos impactos das mudanças climáticas no Ártico.
- Promover a segurança, a proteção e a gestão do oceano.
- Melhorar as condições econômicas e de vida das comunidades do Ártico fazendo aperfeiçoamentos em setores sociais e econômicos.
“Isso significa avaliar a infraestrutura de telecomunicações da região, que é absolutamente essencial à conectividade regional, serviços de saúde, observação científica, navegação, resposta emergencial e muito mais”, disse Kerry.
As consequências das mudanças climáticas são globais, mas são especialmente intensas para os povos nativos do Ártico. A vida e a subsistência desses povos poderão mudar radicalmente à medida que o meio ambiente muda.

Os Estados Unidos assumem o comando do Conselho do Ártico, em seu 20º ano, depois do mandato de dois anos do Canadá. Segundo Kerry, os Estados Unidos continuarão se dedicando às iniciativas anteriores do Conselho do Ártico que representam compromissos obtidos por consenso pelas oito nações.
- As Diretrizes para Ação sobre Emissões Melhoradas de Carvão e Metano destinam-se a aumentar a cooperação internacional na redução desses poluentes perigosos.
- Por meio da Rede Internacional de Observação da Acidificação Oceânica, os Estados Unidos defenderão melhor entendimento da acidificação, outro subproduto das emissões excessivas de dióxido de carbono na atmosfera.
- Os Estados Unidos buscarão a criação de uma rede pan-ártica de áreas marinhas protegidas. Mais canais navegáveis estão se abrindo no Ártico à medida que as mudanças climáticas derretem águas anteriormente congeladas. Proteções mais amplas para essas águas e sua vida selvagem se fazem necessárias para “salvaguardar áreas particularmente significativas tanto cultural quanto ecologicamente”, disse Kerry.