Considerando o mais recente noticiário, você pode se surpreender ao saber que manifestações pacíficas são a norma nos Estados Unidos. Manchetes vão sempre ressaltar qualquer protesto violento, mesmo durante os protestos mais pacíficos, como foi o caso ocorrido recentemente em Ferguson, no Missouri. Mas os Estados Unidos também têm uma longa tradição de protestos não violentos — e bastante eficazes.
Até mesmo em lugares em que os protestos relacionados a Ferguson foram marcados por uma facção que vandaliza ou saqueia lojas, tem havido relatos de um grupo maior de manifestantes pacíficos entoando o coro: “Saqueadores, caiam fora.”
Protestos pacíficos têm sido a marca registrada de algumas das reformas sociais mais significativas dos Estados Unidos. O sufrágio feminino, conquistado em 1920, e a legislação histórica dos direitos civis da década de 1960 não teriam acontecido sem que houvesse protestos pacíficos.
A tradição de expressar pontos de vista contrários continua bem viva nos Estados Unidos e ao redor do mundo hoje.
Protestos recentes, juntamente com aqueles que questionam os métodos da polícia, incluem uma variedade de questões:
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Desde 2012, trabalhadores de restaurantes fast-food lutam por um aumento salarial, fazendo greves e protestando em 190 cidades para exigir um salário mínimo de US$ 15 por hora. Seattle e São Francisco aumentaram o valor do salário mínimo. Mais cidades devem fazer o mesmo.
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Durante a Cúpula Climática das Nações Unidas em setembro, aproximadamente 400 mil manifestantes marcharam em Nova York para exigir ações relacionadas às mudanças climáticas. “Não podemos fingir que não ouvimos. Temos de responder ao chamado”, afirmou o presidente Obama.
- Em Chicago, um sindicato de professores com 1.200 membros entrou em greve em outubro em razão das condições de trabalho e dos custos da assistência médica. Desde então, a cidade e os professores chegaram a um acordo relativo a um novo contrato de três anos.
- Em novembro, 100 mil enfermeiros de todo o país fizeram uma manifestação reivindicando a melhoria das proteções para os enfermeiros que tratam de pacientes infectados com o vírus ebola. Como resultado, a Califórnia anunciou regulamentos para fornecer melhores equipamentos de proteção e capacitação.
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Em dezembro, ao longo de dias, grupos de aproximadamente 30 ativistas dos direitos dos animais fizeram uma manifestação na Assembleia Estadual de Nova Jersey, exigindo o fim da caça anual de ursos. Nova Jersey não cancelou a caça, mas os manifestantes prometeram voltar.
O direito de reunião é uma parte vital da democracia, uma extensão da liberdade de expressão dos americanos. Assembleias ou protestos permitem que as pesssoas formem grupos e troquem ideias, e contribuem para uma sociedade estável que valoriza os direitos humanos.
No âmbito internacional, o governo dos EUA trabalha em uma variedade de questões relacionadas aos direitos humanos, na crença de que todas as pessoas devem ser protegidas pelos valores descritos na Declaração Universal dos Direitos Humanos.