Em seu penúltimo discurso sobre o Estado da União, o presidente Obama disse ao 114o Congresso, à Suprema Corte, aos convidados diplomáticos e a outros reunidos no Capitólio dos Estados Unidos, que os Estados Unidos lideram o mundo melhor quando combinam poderio militar com uma diplomacia forte e a formação de coalizões.
O discurso de 2015 se centrou principalmente em questões domésticas. O presidente propôs medidas tais como reformar o código tributário dos Estados Unidos, tornar cursos de dois anos de faculdades comunitárias gratuitos e tornar a aquisição da casa própria mais acessível.
Obama também destacou várias prioridades da política externa para este ano.
- Ao declarar que os Estados Unidos estão unidos às pessoas de todas as partes do mundo que foram alvo de terroristas, o presidente instou o Congresso a aprovar uma resolução que autorize o uso da força contra o Estado Islâmico (EIIL).
“Estamos liderando uma ampla coalizão, incluindo nações árabes, para desintegrar e por fim destruir esse grupo terrorista. Também estamos apoiando uma oposição moderada na Síria que pode nos ajudar nesse esforço e ajudando pessoas de todos os lugares contra a falida ideologia do extremismo violento.”
- O presidente instou o Congresso a apoiar a mudança de curso na política dos Estados Unidos em relação a Cuba.
“E a mudança da nossa política para Cuba tem o potencial de pôr fim a um legado de desconfiança no nosso continente. Ela remove uma falsa desculpa para restrições em Cuba. Ela defende valores democráticos e estende a mão da amizade ao povo cubano.”

- A diplomacia americana a respeito do Irã ajudou a deter suas atividades nucleares e reduziu seu material nuclear, conforme declarou o presidente, e instou o Congresso a dar mais tempo aos esforços diplomáticos para obter resultados.
“De agora até o meio do ano, temos a oportunidade de negociar um acordo abrangente que impeça um Irã com armas nucleares, proteja os Estados Unidos e nossos aliados, inclusive Israel, e ao mesmo tempo evite outro conflito no Oriente Médio.”
- Os esforços dos EUA e do mundo para deter a propagação do vírus do ebola na África salvaram vidas, mas ainda há mais trabalho a ser feito. Obama lançou um apelo à comunidade global para fazer os investimentos necessários visando deter a próxima pandemia.
“O mundo precisa usar essa lição para construir um esforço global mais eficaz para impedir a disseminação de futuras pandemias, investir no desenvolvimento inteligente e erradicar a pobreza extrema.”
- Os Estados Unidos permanecem ao lado da Ucrânia e de outros aliados europeus face à agressão russa.
“Estamos defendendo o princípio de que as nações maiores não podem intimidar as pequenas – ao nos opor à agressão russa, apoiar a democracia da Ucrânia e tranquilizar nossos aliados da Otan.”
- A liderança americana ajudará a canalizar a ação internacional na resposta às mudanças climáticas, declarou.
“Se não agirmos de maneira vigorosa, continuaremos a ver elevação do nível dos oceanos, ondas de calor mais longas e mais quentes, secas e inundações perigosas e grandes interrupções que podem desencadear mais migrações, conflitos e fome no mundo todo.”
- O presidente afirmou que dará continuidade a seus esforços de fechar a prisão da Baía de Guantánamo. em Cuba.
“É hora de terminar o serviço. E não cederei em minha determinação de fechá-la. Isso não é quem somos. É hora de fechar Guantánamo.”
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Leia o discurso na íntegra no site da Embaixada dos EUA em Brasília.