Quando o secretário de Estado, John Kerry, e o secretário do Tesouro, Jacob Lew, receberem o seu homólogo chinês nos dias 23 e 24 de junho, as mudanças climáticas estarão no topo da agenda.

A delegação chinesa para o sétimo Diálogo Estratégico e Econômico EUA-China será liderada por Yang Jiechi e Wang Yang, conselheiro de Estado e vice-premiê, respectivamente.

Os Estados Unidos e a China estabeleceram o diálogo em 2009. Dando continuidade às negociações anuais que haviam enfatizado apenas as questões econômicas, o diálogo visa criar uma relação de cooperação entre as duas nações que exercem tanta influência sobre questões econômicas e ambientais no âmbito global, inclusive nos esforços para combater as mudanças climáticas.

Em novembro de 2014, o presidente Obama e o presidente Xi Jinping concordaram em limitar as emissões de carbono dos EUA e da China (© AP Images)

Em 12 de novembro de 2014, os Estados Unidos e a China anunciaram um acordo* segundo o qual os Estados Unidos reduziriam suas emissões de gases de efeito estufa em cerca de 28% até 2025, o que faria com que as emissões dos EUA atingissem níveis inferiores aos de 2005. A China estabeleceu uma meta para suas emissões atingirem o pico até 2030 e disse que as fontes de energia limpa, como a solar e a eólica, serão responsáveis por 20% da sua produção de energia até 2030.

“Como as duas maiores economias do mundo, e também os maiores consumidores de energia e emissores de gases de efeito estufa, temos uma responsabilidade especial de liderar o esforço global contra as mudanças climáticas”, afirmou o presidente Obama em Pequim*.

O diálogo de 2015 acontece “em um momento de certa importância em termos do que vem acontecendo na região, bem como provavelmente alguns dos interesses que temos em relação ao comércio, à economia e a outros interesses”, declarou Kerry em 16 de junho*. “Tenho confiança de que vamos ter uma discussão a plenos pulmões sobre todas as questões com que nos defrontamos.”

O Departamento de Estado anunciou em 15 de junho* que o diálogo de 2015 dará ênfase a “enfrentar os desafios e oportunidades que os dois países enfrentam em uma ampla gama de áreas bilaterais, regionais e globais de interesse tanto imediato como estratégico e econômico no longo prazo”.

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