Quatro maneiras das quais EUA aumentarão a segurança econômica das mulheres em todo o mundo

Grupo de meninas sorridentes olham para a tela de um tablet (© André Josué Anchecta Oseguera/Usaid)
Programas apoiados pelos EUA têm ajudado jovens mulheres em Honduras a usar tecnologia moderna em restaurantes locais. A primeira Estratégia dos EUA para a Segurança Econômica Global das Mulheres expandirá esforços como esses (© André Josué Anchecta Oseguera/Usaid) Photo Credit: André Josué Anchecta Oseguera

Reem Hamdan era uma das poucas engenheiras elétricas quando iniciou sua carreira como estagiária em 1993 na Electricity Distribution Company (Edco, na sigla em inglês) na Jordânia. Hoje Reem é diretora-geral da Edco. Ela atribui esse avanço ao trabalho árduo e ao Engendering Industries*, programa apoiado pelos EUA que visa aumentar o número de mulheres em áreas dominadas por homens.

O sucesso do Engendering Industries da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) é apenas um dos vários planos do governo Biden-Harris de replicar ou ampliar como parte da primeira Estratégia dos EUA para a Segurança Econômica Global das Mulheres*.

“A estratégia que estamos apresentando tem em seu cerne uma visão simples: criar um mundo no qual todas as mulheres e meninas em todos os lugares possam contribuir e se beneficiar do crescimento econômico e da prosperidade global”, disse o secretário de Estado, Antony Blinken, em 4 de janeiro, durante um evento do Departamento de Estado realizado para revelar o plano.

Essa estratégia se alinha e promove a Estratégia Nacional dos EUA sobre Equidade e Igualdade de Gênero, lançada em 2021 visando promover a equidade de gênero nos Estados Unidos e no mundo.

Escalonando programas de sucesso

A estratégia econômica tem quatro componentes:

Aumentar a competitividade econômica por meio de empregos de qualidade: uma das maneiras das quais a estratégia planeja fazer isso é por meio de programas como WE-Champs, que fornecem assistência técnica e capacitação a Câmaras de Comércio e a associações empresariais de mulheres em 18 países da Europa a fim de apoiar pequenas empresas pertencentes a mulheres.

Fortalecer os cuidados prestados a crianças e idosos, e valorizar o trabalho doméstico: os EUA apoiam programas como a iniciativa Invest in Childcare do Banco Mundial, que ajuda a melhorar o acesso a cuidados infantis de qualidade e acessíveis em países de baixa e média renda em todo o mundo.

Promover o empreendedorismo feminino: a estratégia replicará esforços como a Aliança EUA-Índia para o Empoderamento Econômico da Mulher*, que conecta o setor privado e a sociedade civil com o objetivo de fornecer a mulheres indianas habilidades técnicas e oportunidades de fazer networking visando ajudá-las a expandir seus negócios. No lançamento da Aliança em 2021, o Google Índia se comprometeu a orientar 1 milhão de mulheres empresárias indianas.

Desmantelar barreiras sistêmicas: dentre elas, barreiras sociais, legais e regulatórias que impedem a igualdade de condições, como leis que tornam mais desafiador para as mulheres trabalhar em determinadas funções, limitando sua progressão profissional.

Expansão do programa Engendering Industries

A estratégia também expandirá o programa Engendering Industries da Usaid, que atualmente apoia 41 organizações em 27 países para aumentar a igualdade de gênero em indústrias dominadas por homens, incluindo os setores de energia e água. Este é o programa do qual Reem Hamdan e Edco participaram.

Desde que a Reem iniciou a parceria com a Engendering Industries, a Edco aumentou o número de funcionárias em 21%, disse a administradora da Usaid, Samantha Power, no evento.

A Usaid expandirá o Engendering Industries e programas semelhantes “para promover a igualdade de gênero nos negócios em todo o mundo — em todos os lugares, desde o agronegócio até a tecnologia da informação”, disse ela.

“Promover a segurança econômica das mulheres é a coisa certa a se fazer, mas também é a coisa inteligente e necessária a se fazer”, disse o secretário Blinken.

* site em inglês