O jogador de basquete profissional LeBron James e a medalhista olímpica de ouro Simone Biles foram agraciados com mais um prêmio principal: Atletas do Ano de 2016.
O prêmio da agência de notícias The Associated Press é uma das homenagens mais antigas e cobiçadas para atletas individuais dos Estados Unidos. A AP tem nomeado um atleta do ano dos sexos masculino e feminino desde 1931*, época em que as mulheres nem sempre eram reconhecidas ou até mesmo autorizadas a competir em certas modalidades esportivas. A AP considera todos os atletas do mundo inteiro.
Os vencedores de 2016, selecionados pelos editores e diretores de notícias da AP nos EUA, são conhecidos por sua liderança fora do âmbito esportivo.
LeBron James

James ajudou a conduzir a equipe de basquete Cleveland Cavaliers rumo ao seu primeiro campeonato e proporcionou à cidade seu primeiro grande campeonato esportivo em 52 anos.
O nativo de Ohio também “usou sua plataforma de superestrela para abordar causas sociais”, afirmou a AP ao anunciar James como Atleta Masculino do Ano de 2016, prêmio que ganhou anteriormente em 2013.
James têm falado abertamente sobre as relações entre as comunidades afro-americanas e a polícia. “Todas as vidas são de fato importantes. Não se trata de ser negro ou branco”, disse ele. O atleta também criou a Fundação Família LeBron James para ajudar as crianças a permanecerem na escola e serem ativas na comunidade.
Simone Biles

Simone conquistou quatro medalhas de ouro igualando o recorde nos Jogos Olímpicos de Verão 2016 no Brasil e uma medalha de bronze com a equipe de ginástica artística feminina dos EUA.
A hashtag #SimoneThings fez sucesso no Twitter durante os Jogos Olímpicos do Rio enquanto a texana de 19 anos surpreendia os torcedores com suas proezas atléticas. A AP afirmou que Simone ia redefinindo sua modalidade esportiva “com cada coreografia que superava as anteriores”. Por essa razão, a agência de notícias a nomeou a Atleta Feminina do Ano de 2016.
Desde os Jogos Olímpicos, Simone ganhou a admiração do público por sua fala direta, inclusive quando se trata de uma condição médica chamada de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade. “Ter TDAH e tomar remédio para isso não é motivo para se envergonhar, nada que eu tema que outras pessoas saibam”, tuitou.
Ela também desafiou os trolls da internet (usuários de redes sociais que têm como objetivo ofender, ameaçar e perseguir pessoas que pareçam vulneráveis). “Vocês podem julgar meu corpo o quanto quiserem, mas, afinal, é MEU corpo. Eu o amo e me sinto à vontade na minha pele”, a ginasta tuitou em dezembro de 2016.
* site em inglês